quinta-feira, 30 de julho de 2015

Enquanto Brasil tenta reduzir maioridade penal, Inglaterra planeja aumentar

Determinar a idade a partir da qual uma pessoa pode ter de enfrentar a Justiça criminal não é tarefa fácil nem no Brasil e nem em nenhum outro lugar do mundo. Na Inglaterra, por exemplo, o assunto está sempre voltando às mesas de debates da comunidade jurídica e parlamentar. Mas, se a proposta no Brasil é reduzir a maioridade penal, na Inglaterra, o plano é elevar.
No país europeu, a partir dos 10 anos, uma criança já responde pelos seus atos como adulto. Isso cria uma incoerência tremenda no sistema judicial. Aos 10 anos, a criança não vota, não dirige, não pode beber e nem fumar. Mas, se pegar o carro do pai e atropelar alguém, terá de encarar a Justiça criminal.
Um projeto em tramitação no Parlamento britânico aumenta para os 12 anos a maioridade penal. O texto foi apresentado na House of Lords, que seria o Senado britânico, mas lá os senadores são nomeados pela rainha, e não eleitos pelo povo. Ainda não há data prevista para o primeiro debate sobre a proposta.
A expectativa de aumentar a idade da responsabilidade criminal, no entanto, é baixa. Histórica e culturalmente, o país entende que praticamente todo mundo que comete um crime tem de pagar por ele. Ainda que isso seja um peso maior no bolso dos contribuintes, como revelou estudo recente que mostrou que custa mais caro manter uma criança na cadeia do que na escola.

quarta-feira, 29 de julho de 2015

Volvo cria conceito de cadeirinha do futuro

Assento pode girar 180° e permitir que passageiros cuidem da criança com o carro em movimento

Volvo/Divulgação

A Volvo apresentou um conceito de assento infantil para os pais que quiserem transportar seus pequenos com muito estilo e segurança. A cadeirinha substitui todo o banco do passageiro da frente e a criança pode viajar virada para frente ou para trás, na posição mais indicada para crianças muito pequenas. 
Além disso, há vários compartimentos para levar objetos do bebê, como mamadeiras, fraldas e lenços para uso rápido. Embaixo, uma grande gaveta pode acomodar bolsas e outros pertences.
Segundo a Volvo, esse tipo de assento específico deverá ganhar espaço no futuro com os carros autônomos, onde o motorista terá mais tempo para realizar outras atividades enquanto o carro se desloca, como cuidar com mais atenção dos pequenos viajantes.

Desaposentação com fator 85/95

A Medida Provisória 676/2015 criou na vida dos trabalhadores uma nova regra, o fator 85/95 progressivo, que permite ao segurado escolhê-lo ou utilizar o tão conhecido fator previdenciário na hora de se aposentar. As duas possibilidades vivem conjuntamente e disponível no país desde 18.06.2015. É verdade que ninguém sabe até quando. Pelo menos 120 dias é a validade da MP, que deve ser votada pelo Congresso ou caducará. Alguns caciques políticos já andaram falando que pretendem mudar o que Dilma Rousseff sancionou, para deixar no mundo jurídico apenas o fator 85/95, sem progressividade. Nesse cenário, a busca do caminho para desaposentação tornou-se mais atrativa. Quem continua trabalhando depois de aposentado, pode invocar para fazer novo cálculo da desaposentação usando o fator 85/95.
A nova regra aprovada pelo Governo garante aos seus destinatários a aposentadoria integral. Sem abatimento ou fórmula matemática que deprecie o resultado final da renda. O fator 85/95 não usa “expectativa de vida”, “idade” ou “tempo de contribuição” como variáveis no cálculo do benefício, o que é praticado com o odiado fator previdenciário.
O raciocínio da desaposentação é desfazer o benefício já concedido e recalcular usando os parâmetros do momento em que se postula a medida. Assim, como no Brasil só existia o fator previdenciário, as pessoas buscavam a troca de aposentadoria, não apenas para dar um destino digno na grana utilizada da contribuição previdenciária pós-aposentadoria, mas sabendo que o envelhecimento interferiria positivamente no cálculo considerando as variáveis “idade” e nova “expectativa de vida”.
Como agora existe o fator 85/95, que permite aposentadoria integral, os novos pedidos de desaposentação podem ser feitos levando em conta a nova regra da Medida Provisória 676/2015, uma vez que seus efeitos já valem no país. Portanto, as ações judiciais buscando a nova regra na troca do benefício podem ser ainda mais vantajosas financeiramente, em razão de o recálculo do novo benefício ser totalmente integral.
Para quem já tem processo de desaposentação na Justiça, e tinha interesse de se desaposentar via fator 85/95, a situação é mais delicada. Caso o processo esteja na fase inicial, sem ter saído a sentença do juiz, é possível pedir a desistência da ação e repropor uma nova. Caso a questão já tenha sido julgada, principalmente sendo desfavorável ao trabalhador, abandonar o barco deste processo não é uma boa ideia. Pode representar a inviabilidade de se ajuizar nova ação ou rediscussão da matéria, ainda que com novo argumento, em função da coisa julgada – instituto que proíbe de o trabalhador ter sucessivos processos judiciais sobre o mesmo tema, se a Justiça já enfrentou o assunto anteriormente.
Na verdade, ninguém estava adivinhando que num intervalo de tempo, de 13.05.2015 [quando o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), autor da emenda que buscava o fim do fator previdenciário e aplicação da nova regra do fator 85/95, levantou o assunto em Brasília] a 18.06.2015 [quando Dilma aprovou apenas a regra do fator 85/95 progressivo], o Governo de forma tão rápida fosse resolver tão importante assunto. Cabe frisar que sequer vinha sendo discutido com afinco meses antes a maio/2015.
Até a próxima.

Fonte: Blog Espaço da Previdência. Publicado por Rômulo Saraiva em 27/06/2015. Disponível em: http://blogs.diariodepernambuco.com.br/espacodaprevidencia/

Mensagem do dia

O rico senhor

Montado em seu cavalo, um homem dirigia-se à cidade como fazia frequentemente para cuidar de seus negócios. Nunca prestara atenção aquela casa humilde, quase escondida do desvio da estrada. Naquele dia experimentou a insistente curiosidade: quem morava ali?

Cedendo ao impulso, contornou a residência e, sem desmontar do cavalo, olhou por uma janela aberta. Viu uma garotinha de aproximadamente 10 anos, ajoelhada, mão postas, olhos lacrimejantes.

Perguntou então o senhor.

– Que fazes você, aí minha filha?

– Estou orando para Deus pedindo socorro! Meu pai morreu, minha mãe está muito doente e meus quatro irmãos têm fome.

– Que bobagem! O céu não ajuda ninguém, está muito distante. Temos que nos virar sozinhos.

Embora um tanto rude, era um homem de bom coração. Compadecendo-se, tirou do bolso uma boa soma de dinheiro e entregou à menina.

– Aí está. Vá comprar comida para os irmãos e remédio para a mamãe e esqueça a oração.
Isto feito, retornou para a estrada. Antes de completar 200 metros, decidiu verificar se sua orientação estava sendo observada, mas para a sua surpresa, a pequena devota continuava de joelhos.

– Ora essa menina. Por que não vai fazer o que recomendei? Não lhe expliquei que não adianta pedir?

Então a menina feliz respondeu:

– Já não estou mais pedindo. Estou apenas agradecendo. Pedi a Deus ajuda e ele enviou o senhor.

terça-feira, 28 de julho de 2015

5 ferramentas incríveis para gerenciar suas tarefas contábeis

Os escritórios contábeis possuem uma rotina frenética. São muitos clientes, processos e tarefas diferentes realizados em um só dia. Por isso, as mesas dos contadores são cheias de lembretes, rascunhos com anotações e checklists. Um esforço tremendo para não esquecer de nada e acabar se perdendo em meio a tanto trabalho.
Pensando nisso, testamos ferramentas de gerenciamento de tarefas e listamos cinco que se encaixam com as rotinas de um escritório de contabilidade. Mas antes, vamos responder a pergunta que talvez você esteja se fazendo: Por que meu escritório precisa de uma ferramenta de gestão de tarefas? Aqui vão bons motivos:
  • Você elimina boa parte da papelada sobre sua mesa, deixando seu ambiente de trabalho mais limpo e organizado;
  • Tem uma visão geral de todas as tarefas do escritório e o que cada pessoa está fazendo em tempo real;
  • Através de relatórios, você consegue mensurar a produtividade de cada setor ou profissional;
  • Você pode priorizar as tarefas mais importantes conforme a necessidade, deixando outras menos decisivas para mais tarde;
  • São totalmente on-line e algumas são gratuitas.
Para ajudá-lo a escolher uma que se encaixe no seu dia a dia, traçamos um resumo de suas rotinas contábeis e dividimos em uma tabela para identificarmos qual ferramenta é capaz de suprir aquela necessidade ou não. Entre as ferramentas estão: Runrun. ItTrelloTeamworkTodoist KanbanFlow.
5 ferramentas incrveis para gerenciar suas tarefas contbeis
Abertura de empresa: Para esse projeto é necessário que a ferramenta faça uma organização do fluxo de atividades. Um passo a passo identificando as etapas do processo.
Recepção de documentos: Escritórios contábeis costumam ter um processo de recepção de documentação, por isso é importante que essa ferramenta possua uma espécie de lista de verificações, um checklist para registrar os documentos recebidos.
Triagem: Para a triagem dos documentos, é necessário que essa ferramenta possa delegar e direcionar tarefas para a equipe do escritório, nomear responsáveis por cada tarefa, a fim de monitorar o andamento do processo.
Cálculo de honorários: Uma função extremamente importante. A ferramenta que possui um contador de horas trabalhadas por tarefa irá ajudá-lo e muito na hora de cobrar os honorários de seu cliente. Além disso, é fundamental para analisar se você tem cobrado um preço justo pelo seu esforço.
Conferência de documentos: Há sempre aquele cliente que acaba esquecendo algum documento, por isso, uma função que possa relacionar os principais documentos, a fim de que não passem despercebidos pelo profissional contábil na hora dos lançamentos, seria muito útil. Esses documento também poderiam ser relacionados em uma checklist.
Processos internos: Para a verificar a taxa de completude de projetos do escritórios, é esperado que a ferramenta tenha checklist ou então um avanço das etapas do processo (relatório Gantt) para que o contador possa acompanhar o desenvolvimento das tarefas.
Acompanhamento de rotinas contábeis: É necessário que o Contador saiba de tudo o que está acontecendo dentro do seu escritório, por isso, é um importante que a ferramenta possua uma tela com todas as tarefas, para que o Contador possa acompanhar, em tempo real, os projetos que estão sendo trabalhados.
Apuração e envio dos impostos: Algo que um escritório não pode deixar passar são as datas de envio de impostos. Para isso, é necessário que a ferramenta disponibilize algum tipo de aviso, que envie um lembrete para o responsável da tarefa que a data está próxima, garantindo assim nenhum atraso.
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segunda-feira, 27 de julho de 2015

Resort construído por Adolf Hitler é convertido em empreendimento de luxo

Você teria algum problema em se mudar alegremente para um edifício construído por um dos homens mais odiados da História? Pois, segundo Becky Pemberton do portal Daily Mail, um grupo de empreendedores alemães está apostando que muita gente não vai dar bola para o passado sombrio de um complexo desenvolvido por Adolf Hitler que, depois de anos esquecido, está sendo renovado para atrair investidores.
De acordo com Becky, se trata de um complexo chamado Prora que foi construído entre os anos de 1936 e 1939 a mando de Hitler em Rügen, a maior das ilhas da Alemanha. O local fica localizado a beira mar, e foi projetado para servir de reduto de descanso para que os nazistas e simpatizantes do regime pudessem relaxar.

Reduto nazista

O complexo ocupa quase cinco quilômetros de orla, e tinha capacidade para abrigar 20 mil famílias. O projeto fazia parte de um programa desenvolvido pelo Führer chamado Kraft durch Freude — ou “força através da alegria” em tradução livre —, e a intenção de Hitler era a de construir uma série de resorts em Rügen para que os veranistas pudessem desfrutar de atividades como o esqui aquático e passeios de barco.
Além disso, Hitler pretendia que Prora se transformasse no maior destino de férias do mundo, e entre as estruturas que fazem parte do complexo, oito edifícios idênticos estavam destinados para oferecer refeições, entretenimento e atividades organizadas especialmente para divertir os nazistas. Prora inclusive chegou a receber um prêmio de design em 1937.

Esquecimento



No entanto, com o início da Segunda Guerra Mundial, o complexo passou a ser utilizado para outros fins, como abrigar refugiados e trabalhadores, e jamais recebeu um único hóspede para curtir as férias de verão.
eguiram adiante com o plano por não contarem com dinamite suficiente na época. Depois, o local se tornou uma enorme base de artilharia e tanques de guerra do Exército Popular da Alemanha Oriental — até finalmente ser abandonado e cair no esquecimento. Segundo Becky, Prora só não foi demolido por ser considerado um local de interesse histórico.

Empreendimento de luxo


tualmente, uma companhia de Berlim chamada Metropole detém os direitos exclusivos de uso sobre o complexo, e está convertendo Prora em um destino de veraneio com apartamentos 5 estrelas e até spa. Segundo a companhia, o local pode ter sido construído pelos nazistas, mas jamais foi usado por um deles — e o que aconteceu no passado pertence ao passado. Veja a seguir algumas imagens do novo empreendimento:
Resort construído por Adolf Hitler é convertido em empreendimento de luxo

Os valores dos apartamentos variam de £ 125 mil a £ 900 mil — ou por volta de R$ 617 mil R$ 4,4 milhões, respectivamente — para quem estiver interessado em adquirir um. Os empreendedores esperam que, apesar do passado sombrio, vários investidores se interessem pelo local e, apesar de o lançamento oficial estar programado para outubro, 57 das unidades que foram renovados já foram compradas. E você, compraria também?


Não é crime a divulgação de fotos e vídeos de Cristiano Araújo morto

Uma parcela significativa da população brasileira se emocionou com as mortes trágicas do cantor Cristiano Araújo e de sua namorada, ocorridas nesta semana, em acidente automobilístico.
Estarrecimento também de igual monta foi a divulgação das fotos e vídeos do jovem artista e de sua namorada já mortos, em uma sala, provavelmente do hospital onde receberam cuidados médicos.
Como era de se esperar, milhares de fãs manifestaram-se nas redes sociais, repudiando a conduta das pessoas que teriam tirado as fotos e feito as filmagens, clamando por punição às mesmas e a imediata prisão delas. A imprensa, no afã de audiência, corroborou com a opinião popular. O momento foi e ainda é de comoção para os fãs. A razão se afasta nestas horas.
Com o respeito às opiniões contrárias, a publicação de referidas fotos e vídeos não configura crime algum na legislação brasileira, nem mesmo o vilipêndio a cadáver, previsto no artigo 212 do Código Penal.
Não configura por que vilipendiar significa menosprezar, escarro, grosseria. Enfim, típica vontade de aviltar o cadáver. Não me parece ter sido esta a intenção, senão de publicar as fotos.
Um ato irresponsável, impensado, antiético e sem discernimento por parte de quem tirou as fotos e gravou os vídeos, merece sim ser punido, mas com indenizações à família do cantor e de sua namorada, bem como com a demissão de tais pessoas, por justa causa, do hospital.
Agora, considerar referida conduta como crime, elevando tais pessoas à categoria de criminosos, não me parece, o correto.
O grande problema do Brasil é esse: querer transformar e punir todos comportamentos que incomodam à sociedade, tratando-os como criminosos, sendo que, na maioria das vezes, não passaram de enorme falta de bom senso por parte de quem os cometeram. Lêdo engano!
  • Texto escrito por Saulo Mansur Delegado de Polícia Civil de Minas Gerais.

Imagem de Cristiano Araújo no WhatsApp configura crime de vilipêndio de cadáver?


Publicado por Matheus Galvão - 4 dias atrás
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Cristiano Arajo no WhatsApp configura crime de vilipndio de cadver
Hoje em dias as novidades correm rápido. Rápido e informalmente. Após a tragédia que ceifou a vida do cantor sertanejo Cristiano Araújo (29) e sua namorada Allana (19), um vídeo e fotos do corpo do cantor chegaram a milhões de aparelhos celulares pelo aplicativo de comunicação WhatsApp.
Muitos se perguntaram se a divulgação dos vídeos e fotos seria crime. A imprensa divulgou o fato, informando que as pessoas que tiraram as fotos poderiam ser acusadas de vilipêndio de cadáver.
Fica a questão: a divulgação de foto e vídeo de cadáver configura vilipêndio?
Vilipêndio de cadáver é um crime contra o respeito aos mortos, tipificado no artigo212 do Código Penal.
Art. 212. Vilipendiar cadáver ou suas cinzas.
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
É um crime comum, podendo ser praticado por qualquer pessoa, inclusive os parentes do morto. Embora o morto seja o "objeto" do vilipêndio, o sujeito passivo do crime é a coletividade, especialmente os familiares e demais pessoas ligadas à vítima.
A questão é saber se a conduta de compartilhar a imagem de cadáver pelo WhatsApp está enquadrada no tipo penal. Mas, antes, o que seria vilipendiar cadáver?
O professor Rogério Sanches da Cunha atribuiu ao termo vilipendiar alguns sentidos: desprezar, desdenhar, aviltar, menosprezar, rebaixar. O crime pode ter execução de forma livre:
(...) Podendo ser praticado pelo escarro, pela conspurcação, desnudamento, colocação do cadáver em posições grosseiras ou irreverentes, pela aposição de máscaras ou de símbolos burlescos e até mesmo por meio de palavras; pratica o vilipêndio quem desveste o cadáver, corta-lhe um membro com propósito ultrajante, derrama líquidos imundos sobre ele ou suas cinzas (RT 493/362). (Rogério Sanches da Cunha, Curso de Direito Penal - Parte Especial, p. 447).
No caso do cantor, é muito importante saber o que as pessoas que tiraram a foto e as divulgaram pretendiam. Queriam simplesmente divulgar a imagem do morto para alcançar o anseio de curiosidade das pessoas? Tinham interesse de menosprezar ouaviltar o cadáver?
elemento depreciativo na conduta é essencial para a configuração do crime de vilipêndio de cadáver. Rogério Sanches afirma que as decisões informam ser
"indispensável o elemento moral, consistente no desejo de desprezar o corpo sem vida".
Não nos parece que a intenção de divulgar a imagem tenha ocorrido com a finalidade de escárnio ou depreciação, senão uma conduta um tanto irresponsável e no máximo imoral. Porém, no que se refere ao fato típico, não parece haver conduta criminosa.
A ação no caso de vilipêndio de cadáver é pública incondicionada e, portanto, independe de implemento de qualquer condição. Pode haver investigação pela autoridade competente e mesmo o ajuizamento da denúncia independente do interesse das partes envolvidas.

Desembargador alerta advogado que peça enxuta tem mais chance de ser acatada

Direito é bom senso. Há bom senso em peças gigantescas, em um momento em que o Judiciário está assoberbado de processos e que tanto se reclama da demora nos julgamentos? Evidente que não!"
A afirmação é do desembargador Luiz Fernando Boller em decisão de sua relatoria na 2ª câmara de Direito Comercial do TJ/SC. O colegiado manteve sentença que determinou a um advogado a emenda de petição inicial vinculada a ação de revisão de contrato bancário, de forma a reduzir a peça de 40 para, no máximo, 10 laudas.
O recorrente alegou que tal restrição desrespeita a liberdade profissional do advogado. A câmara entendeu por conhecer do recurso, mas negou-lhe provimento.
Para o desembargador, a redução da petição inicial, desde que mantido o adequado entroncamento dos argumentos jurídicos voltados para a concretização do pleito, não causa óbice ao exercício da jurisdição.
O magistrado ainda alertou que uma peça enxuta tem mais chance de ser acatada.
"Uma peça enxuta, clara e bem fundamentada é lida e tem chance de ser acatada. Já outra, com 20, 35 ou 50 folhas, provavelmente não. (...) Em verdade, petições e arrazoados começaram a se complicar com a introdução da informática no mundo forense. O 'copia e cola' estimulou longas manifestações. Além disto, as discussões abstratas dos cursos de mestrado trouxeram aos Tribunais pátrios o hábito de alongar-se nas considerações."
Certo de que o princípio da celeridade processual deve se concretizar – o que, na opinião do magistrado, se materializa, dentre outras formas, na proposição de embates mais sintéticos –, o desembargador manteve a sentença, que considerou apontar para os "novos parâmetros norteadores da hodierna prestação jurisdicional".
"Não há artigo explícito no CPC sobre a delimitação do tamanho. E na ausência de norma, o juiz não está obrigado a receber uma inicial com o tamanho de um livro, pois o julgador tem o dever de velar pela rápida solução do litígio (CPC, artigo. 125,II)."
A decisão foi unânime.
Processo: 2014.024576-2

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Segundo a ciência para ficar rico basta seguir esses 4 hábitos

Dinheiro não traz felicidade. Mas convenhamos, bem melhor chorar numa Ferrari que no busão.
eike_sossolteiro
O americano Thomas Corley passou cinco anos observando e pesquisando os hábitos de pessoas ricas e pobres. Essa pesquisa se transformou no livro chamado Rich Habits – the daily success habits of wealthy individuals, para nós brasileiros: “Hábitos de ricos – O dia-a-dia de indivíduos bem sucedidos”.
O estudo publicado em seu livro é bastante curioso: pessoas pobres tinham hábitos diferentes das pessoas ricas, o que poderia ser um indicativo da chance de enriquecimento de um indivíduo.
“Eu percebi, não é tanto o que está acontecendo no mundo dos negócios, são os hábitos diários, as atividades, que são a razão de sua riqueza ou sua pobreza”, escreveu ele.
Segundo o livro, cerca de 88% dos milionários americanos fizeram fortuna em sua geração, sem que tivessem contado com herança ou um histórico de dinheiro da família. E essas pessoas tinham certos hábitos, que talvez as tenha levado ao sucesso. E isso quer dizer que você pode seguir esses hábitos e… ser rico também!
Pelo menos, é isso que afirma Corley. E como a esperança é a última que morre, reunimos alguns hábitos pra você começar a praticar agora!

***

1. Se manter em forma e comer direito

De acordo com a pesquisa, 70% dos ricos comiam menos do que 300 calorias de junk food (gordices) por dia, enquanto 97% das pessoas pobres comiam mais. Além disso, 76% dos endinheirados faziam exercício 4 vezes por semana, contra 23% das pessoas pobres. Manter-se saudável, então, é o primeiro passo pra ficar rico.
GIF

2. Estabelecer metas

Pelo menos 80% das pessoas ricas focavam em alcançar um determinado objetivo. Elas também escreviam o que queriam, enquanto somente 12% das pessoas pobres listavam seus desejos. Então, põe no papel o que você quer que aconteça! Aliás, segundo a pesquisa, fazer uma lista de tarefas também é uma ótima ideia.
- Lista de tarefas | Nada

3. Mudar o lazer

Enquanto 78% das pessoas pobres curtiam assistir reality shows na TV (ops!), apenas 6% dos ricos que assistiam televisão paravam pra ver esse tipo de programa. Os milionários também se preocupavam em se manter sempre estudando: 88% deles liam por pelo menos menos 30 minutos diários. Das pessoas pobres, apenas 2% tinham esse hábito. Vá ler um livro! Sua fortuna depende disso!

4. Seja social

Manter as relações é muito importante. Portanto, ligue para as pessoas no dia do aniversário e o mais importante: Não faça fofoca!

Mas sera que eles fazem isso porque são ricos, ou são ricos porque fazem tudo isso? Na dúvida, eu vou cancelar a pizza (mentira!)

Tudo que vicia começa com “C” – Por Luiz Fernando Veríssimo

“Tudo que vicia começa com C. Por alguma razão que ainda desconheço, minha mente foi tomada por uma ideia um tanto sinistra: vícios. Refleti sobre todos os vícios que corrompem a humanidade.

Pensei, pensei e, de repente, um insight: tudo que vicia começa com a letra C! De drogas leves a pesadas, bebidas, comidas ou diversões, percebi que todo vício curiosamente iniciava com cê. Inicialmente, lembrei do cigarro que causa mais dependência que muita droga pesada. Cigarro vicia e começa com a letra c.

 Depois, lembrei das drogas pesadas: cocaína, crack e maconha. Vale lembrar que maconha é apenas o apelido da cannabis sativa que também começa com cê. Entre as bebidas super populares há a cachaça, a cerveja e o café. Os gaúchos até abrem mão do vício matinal do café mas não deixam de tomar seu chimarrão que também – adivinha – começa com a letra c. 

Refletindo sobre este padrão, cheguei à resposta da questão que por anos atormentou minha vida: por que a Coca-Cola vicia e a Pepsi não? Tendo fórmulas e sabores praticamente idênticos, deveria haver alguma explicação para este fenômeno. Naquele dia, meu insight finalmente revelara a resposta. É que a Coca tem dois cês no nome enquanto a Pepsi não tem nenhum. Impressionante, hein? E o computador e o chocolate? Estes dispensam comentários. 

Os vícios alimentares conhecemos aos montes, principalmente daqueles alimentos carregados com sal e açúcar. Sal é cloreto de sódio. E o açúcar que vicia é aquele extraído da cana. Algumas músicas também causam dependência. Recentemente, testemunhei a popularização de uma droga musical chamada “créeeeeeu”. 

Ficou todo o mundo viciadinho, principalmente quando o ritmo atingia a velocidade… cinco. Nesta altura, você pode estar pensando: sexo vicia e não começa com a letra C. Pois você está redondamente enganado. Sexo não tem esta qualidade porque denota simplesmente a conformação orgânica que permite distinguir o homem da mulher. O que vicia é o “ato sexual”, e este é denominado coito. Pois é. 

Coincidências ou não, tudo que vicia começa com cê. Mas atenção: nem tudo que começa com cê vicia. Se fosse assim, estaríamos salvos pois a humanidade seria viciada em Cultura…”

Navio polui o mesmo que 50 mi de carros

Nos Estados Unidos, 60 mil pessoas morrem por ano em decorrência da poluição do transporte marítimo


Daniel Teixeira/Estadão

Os governos mundiais estão cada dia mais rigorosos quanto à regulamento de leis de emissões de poluentes dos automóveis.  Algumas cidades do globo, aliás, planejam até banir a circulação de veículos nos centros. Mas um outro meio de transporte pode ser um vilão do meio ambiente muito mais agressivo neste quesito. De acordo com um estudo confidencial do setor marítimo levantado pelo jornal "The Guardian", um único navio de carga grande pode produzir os mesmos gases de óxido de enxofre que cinquenta milhões de carros.
Para se ter uma ideia, um motor a diesel de um navio pode produzir até 5.732 toneladas de gases de óxido de enxofre por ano. Outro levantamento feito pela publicação é que 15 dos maiores navios do mundo emitem tanto quanto 760 milhões de carros. A poluição gerada pelo transporte marítimo pode causar distúrbios pulmonares, câncer e doenças cardíacas.
Um outro estudo feito nos Estados Unidos estima que 60 mil mortes por ano sejam por consequência de doenças pulmonares atribuídas a emissões de poluentes de navios de carga. A questão das emissões não é novidade, mas a Organização Marítima Internacional e a União Europeia devem reconsiderar as regras de emissões para navios de carga nos próximos anos.


Fonte: Jornal do Carro de 25-06-2015

terça-feira, 7 de julho de 2015

Por que as pessoas ficam de luto quando uma celebridade morre?

A notícia da morte do sertanejo Cristiano Araújo e da namorada dele, Allana Morais, chocou o Brasil inteiro e, desde então, o que se vê são depoimentos de artistas, amigos, familiares e fãs do cantor, que não apenas lotaram o Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia, onde os corpos estão sendo velados, como enviam mensagens de solidariedade em eventos sertanejos e também nas redes sociais.


Pessoas famosas, quando morrem, realmente conseguem deixar um país inteiro de luto, ou, no caso de celebridades como Michael Jackson, um planeta inteiro. Você já se perguntou por que essa comoção acontece? O que será que nos leva a sofrer com a morte de uma pessoa que provavelmente nunca nem vimos de perto? Será que isso é apenas uma questão de solidariedade? Ao que tudo indica, não.
ara exemplificar bem esse assunto, podemos levar em conta que as pessoas que não conheciam o trabalho do cantor, embora comovidas com a tragédia, não passam pelos estágios de luto como os fãs do sertanejo, que choram, rezam e se emocionam quase como se fossem amigos íntimos de Araújo.
Essa comoção com a morte de celebridades queridas parece ter a ver com o fato de que, no caso dos fãs, Cristiano Araújo esteve presente em momentos importantes de suas vidas, quase como se fosse um amigo ou um parente.
São pessoas que ouviram as músicas do cantor em momentos especiais, que se emocionaram com algumas canções, que se divertiram ao som de outras, que se identificaram com alguns versos. Ainda que o fã não tivesse o contato real com o ídolo, ele contava com a presença do sertanejo em programas de televisão, sites e revistas dedicados a comentar a vida de celebridades e, com força total nos últimos anos, nas redes sociais.



Araújo era conhecido entre os fãs por responder a comentários sempre com muita atenção. Era o artista que distribuía sorrisos em suas apresentações, muito bem quisto entre outros artistas do meio, apresentadores e jornalistas. Além do talento para a música, é evidente que o carisma de Araújo foi fundamental para a construção de sua carreira.
Toda essa questão do comportamento social do cantor, da forma alegre como se apresentava, das parcerias musicais, da atenção com o público nas redes sociais e também durante os shows, além das letras, da música alegre e da identidade de seu trabalho contribuem para que os fãs criem essa conexão emocional com a pessoa famosa, ainda que a maioria dos fãs nunca tenha visto Araújo de perto, muito menos trocado algumas palavras com ele.

Outro fator que contribui para o sentimento de luto por uma pessoa famosa é a identificação com essa pessoa, o que acontece quando fã e famoso estão na mesma faixa etária ou são moradores da mesma região, por exemplo. Além disso, condições familiares delicadas também nos comovem. Quando a Princesa Diana morreu, o mundo inteiro ficou em choque: não apenas ela era, à época, a mulher mais famosa do planeta, como era jovem e tinha dois filhos.
O falecimento de Diana, também provocado por um acidente de carro, nos faz perceber que, de fato, a morte é um acontecimento inevitável, capaz de pegar de surpresa mesmo as pessoas mais ricas, que têm condições melhores de saúde e segurança, dois fatores essenciais quando o assunto é a expectativa de uma vida longa.
Outro ponto que emocionalmente coloca pessoas em uma posição de luto diante da morte de uma celebridade é a lembrança de uma perda recente, especialmente quando o motivo da morte é semelhante. É absolutamente normal, portanto, que aqueles que perderam amigos ou familiares em acidentes de trânsito voltem a sentir uma tristeza parecida com a do luto pessoal.
Agora com relação às redes sociais, muitas das pessoas que publicam homenagens à celebridade morta o fazem, inconscientemente, também pela necessidade de fazer parte de uma espécie de movimento.
Muitas pessoas têm essa necessidade de se fazerem ouvidas, ainda que nem percebam isso. Nesse sentido, a internet e o surgimento das redes sociais acabaram contribuindo para que milhões e milhões de anônimos pudessem sentir a sensação de que estão sendo ouvidos e de que, mais ainda do que isso, fazem parte de um universo antes dominado apenas por famosos: o das notícias.
Se antes precisávamos comprar um jornal para saber a opinião de alguns colunistas, hoje temos acesso a essa opinião na internet, que ampliou o número de “colunistas”, digamos assim. E, como se não bastasse, qualquer material publicado pode se tornar um viral, que nada mais é do que os famosos “15 minutos de fama” dos tempos de Andy Warhol.
No caso do luto, as redes sociais possibilitam também uma espécie de “senso de comunidade”, que seria algo capaz de unir mais e mais pessoas, que se encontram porque dividem a mesma tristeza. Compartilhar nossos pensamentos e lamentações nos torna parte de um grupo muito maior, e se tornar parte de um grupo é uma das características mais humanas de todas.
Gostar de pessoas com as quais temos afinidades, sejam elas famosas ou não, é outra característica que nos humaniza – e isso pode ser visto também como uma maneira de nos agrupar, de novo. Nesse sentido, a morte de alguém com quem nos identificamos por algum motivo é mais sentida por nós, ainda que essa pessoa seja uma celebridade que nunca tivemos a chance de conhecer.

A morte de um famoso pode, às vezes, fazer com que as pessoas sintam uma espécie de vazio existencial. Quando há essa questão de aproximação por idade, região, identidade, características pessoais ou mesmo apenas pela necessidade de fazer parte de um frenesi online, sentimos uma dor significativa, como se realmente tivéssemos perdido alguém próximo ou até mesmo algum familiar.
A lembrança de que todos morrem um dia, independente da idade, da relevância social ou da condição financeira, é e sempre vai ser uma questão delicada, que mexe com cada pessoa de maneira diferente. Nesse sentido, valem reflexões a respeito da morte, a coisa mais comum de todas e, paradoxalmente, a menos comentada e sobre a qual menos gostamos de pensar.
De qualquer forma, assim como acontece quando alguém que conhecemos morre, é importante lembrarmos que a tristeza tende a passar. No caso dos familiares de Cristiano Araújo e de Allana Morais, a superação da perda pode demandar também tratamentos médicos e terapêuticos. A aceitação não acontece de uma hora para a outra, e é preciso que esses familiares tenham o apoio de outras pessoas da família, dos amigos e que, além de tudo, tenham sua privacidade respeitada.

Fonte: MegaCurioso