quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Após 'morar' no aeroporto, ex-menino de rua do DF é aprovado no STF e MP


Ismael Batista foi adotado por mãe de funcionária do terminal de Brasília. Formado em direito, ele foi aprovado em 5 concursos e trabalha no Supremo.


Aps morar no aeroporto ex-menino de rua do DF aprovado no STF e MP
O advogado Ismael Batista disse que teve um "estalo" aos 8 anos, que o fez fugir da casa em que vivia, em Samambaia, no Distrito Federal, para viver no Aeroporto Juscelino Kubitschek. Por quase um ano, ele dormiu no bagageiro do terminal e conviveu com os funcionários como se fossem da própria família. Uma dessas pessoas foi a atendente de uma locadora de carros, cuja mãe o adotou e o ajudou a ser aprovado em concursos no Supremo Tribunal Federal e no Ministério Público.
De família pobre, Batista cresceu em um barraco de madeirite, montado sobre a terra, com a mãe e os dois irmãos, em Ceilândia. "[A casa] era um quadradão. Tinha um banheiro de fossa, um buraquinho para fazer necessidades. O chuveiro era improvisado com latinha de óleo, com um monte de furos", lembra. "Tinha arroz, feijão, nunca passei fome. Se não tinha pão, comia arroz de manhã."
O pai foi morto a tiros por usuários de drogas da região. "Ele arrumava confusão com alguns marginais que ficavam fumando maconha na esquina de casa. Tinha aquele sangue nordestino quente, não gostava de bandido de jeito nenhum. E foi jurado de morte." Batista também foi vítima de bala perdida, dentro da própria casa. Atingido de raspão, ele diz que por pouco não ficou tetraplégico.
Com a morte do pai, o advogado se tornou responsável por cuidar dos irmãos mais novos na ausência da mãe. "Aos 5 anos, cuidava do meu irmão de 2 anos. Minha mãe fazia de noite aquele arroz, feijão e carne. Deixava no ponto. Na época não tinha microondas, então ela me ensinou a esquentar no fogão", diz.
A mãe, que até então era dona de casa, trabalhou durante alguns meses na comissaria aérea do aeroporto para sustentar a casa até se casar novamente. "Ela me levou algumas vezes e fiquei fascinado por aquilo." Desde então, passou a dizer à mãe que se tornaria piloto de avião um dia.
Fuga
Aos 8 anos, Batista foi deixado em casa cuidando dos dois irmãos, à época com 3 e 5 anos. A mãe precisava cuidar da filha recém-nascida que estava internada no hospital. Quando a tia passou para ver as crianças, ele aproveitou a oportunidade para fugir.
"Tenho uma coisa muito assim com Deus, de ter uma noção de que ele está o tempo todo cuidando de mim. E às vezes fazia coisas que nem sabia o porquê", afirma."Minha mãe é um doce de pessoa. Meu padrasto sempre me respeitou muito. Nunca tive nenhuma razão para fugir de casa. Mas quando minha tia chegou lá em casa, pensei, 'quer saber?". Ele diz ter saído com destino certo: o aeroporto.
Aos 33 anos, Ismael ainda não sabe explicar a motivação certa para ter abandonado a família. "Talvez a junção disso tudo, de não gostar do lugar em que vivia, um lugar muito pobre, em que tudo era ruim para uma família naquela situação. Pode ser que isso tudo tenha dado um grande estalo. Mas não foi uma coisa planejada", diz.
Embora não soubesse ler, ele havia decorado os números das linhas de transporte coletivo. Com apenas a roupa do corpo e um par de chinelos, tomou o ônibus 394 para o Plano Piloto.
Nova casa
Deslumbrado com o aeroporto, Batista disse ter passado horas andando e explorando todos os cantos do terminal. "Fiquei só andando e olhando. Passei o resto do dia inteiro andando de um lado para o outro", diz. "Não sei explicar o que era tão fascinante. É coisa de criança. Era um lugar bonito, tinha aviões. Hoje em dia, todo mundo anda de avião. Naquela época, 1991, só andava quem tinha dinheiro, era caríssimo. Tudo era diferente, e para mim aquilo era legal."
No fim do dia, não teve vontade de ir embora. "Quando foi chegando a noite, pensei: ‘acho que vou ficar por aqui. Não quero voltar para casa e preciso arrumar um jeito de dormir." Foi então que ele encontrou o bagageiro do aeroporto. "’É aqui’, pensei. Entrei, medi, vi que sobrava espaço. Voltei lá recentemente e fiquei rindo porque é exatamente igual. Os últimos da direita são maiores. Não precisava de chave, ficava aberto."
Nas primeiras noites, dormiu com os braços para dentro da blusa para se aquecer do frio. Depois, fez amizade com os funcionários do aeroporto e ganhou um cobertor, um travesseiro e uma toalha. Vez ou outra também ganhava almoço. Em pouco tempo, começou a improvisar ‘bicos’ para ganhar o próprio dinheiro empurrando carrinhos dos passageiros.
Durante o período em que viveu no aeroporto, ele chegou a ser levado duas vezes para um abrigo de menores, mas sempre fugia. Em todo esse tempo, ele nunca telefonou ou manteve contato com a família. Em várias ocasiões, a mãe saiu à procura do filho pelas ruas levando apenas uma foto 3x4.
"Sentia falta da família, mas não via ali os riscos que uma criança que vive na rodoviária veria", diz. "A condição de higiene era diferente que na rodoviária. Não tinha 'bicho' drogado. Era uma situação que imagino que seja muito melhor do que a gente vê as crianças moradores de rua passando hoje. Não me considerava nada, era apenas uma criança que estava ali. Hoje digo, fui morador de rua, fui menino de rua."
Adoção
Após alguns meses vivendo no aeroporto, Batista conheceu a jovem que se tornaria a"irmã adotiva" dele. À época, Andréa Carvalho tinha 19 anos e trabalhava em uma locadora de veículos. "A gente fez amizade. Às vezes eu chegava lá e comprava café da manhã para nós dois. Quando não tinha dinheiro, ela comprava café para mim, e almoço também."
Escondida da mãe, Andréa levava o menino de rua para tomar banho na casa em que viviam, na 406 Sul. Batista descreve a experiência como “aventura” e “sonho”.
“Era tudo bonito. A cama era muito cheirosa, tinha roupa de cama. Fui do lixo para o luxo”, diz. A mãe questionava a filha se alguém havia estado em casa, mas Andréa sempre negava. Tudo mudou após um assalto no aeroporto.
"Alguns marginais pegaram as chaves que ficavam dentro das gavetas dos estandes e levaram os carros do estacionamento. A polícia começou a fazer uma investigação e ficou meio perigoso", diz ele. "Foi então que minha irmã falou: 'Está meio perigoso. Você vai comigo para minha casa, vou apresentar você para minha mãe. Na segunda-feira, imagino que vá estar mais tranquilo, e você volta."
Batista passou o fim de semana com a família. No domingo, foi à igreja. Na segunda, voltou para o aeroporto. “Minha irmã voltou a trabalhar na segunda e fui junto dela. Não me recordo quantos dias fiquei lá de novo, até a Andréa me procurar para dizer que a mãe dela queria conversar comigo.”
Foi então que surgiu a proposta de ele ir morar com as duas. “Ela [mãe adotiva] me disse: gostei muito de você. Conversei com a Andréa e queria que você viesse morar com a gente, ver se dá certo. Não é certeza ainda, a gente quer tentar. Mas para isso, tem uma condição. Você tem que voltar para a sua casa, conversar com sua mãe. Se ela concordar, a gente vai lá e conversa com ela para eu pegar a sua guarda.”
“Fiquei morrendo de medo porque sei como a ‘baixinha’ [mãe biológica] é”, diz.“Passei entre seis e oito meses fora de casa. Sabia que quando voltasse o bicho ia comer e não deu outra.
Batista ri ao se lembrar do momento do reencontro. “Quando ela me viu, logo caiu uma lágrima do olho. Começou a chorar, me abraçou, e na sequência lembro que foi só ‘na orelha’. ‘Meu filho, você está vivo! Vem ca, cabra safado, o pau vai comer’. A pancadaria foi feia, o pau foi comendo até em casa.”
Depois, quando conseguiu conversar sobre a adoção, a mãe foi irredutível. “Ela disse que não. 'Filho meu tem que ficar comigo'”, diz. Foram vários dias até que ela mudasse de ideia. “Até que, mais uma vez, por razões que nem sei explicar, ela acordou um belo dia e falou, ‘cadê?’. Talvez pela oportunidade que ela viu que se abriu.”
As duas “mães” se conheceram e conversaram sobre a adoção. “Até hoje elas têm uma boa relação. Minha mãe biológica respeita muito a adotiva e tem muita gratidão, mas elas não têm contato, uma não liga para a outra”, diz.
Novos desafios
Em pouco tempo, Batista estava integrado a uma nova rotina na Asa Sul e aos poucos foi conhecendo também uma parte negativa da mudança. “Querendo ou não, na Samambaia, ou no meio das pessoas que eram meus pares, que tinham uma história de vida parecida com a minha, eu não tinha o sentimento de preconceito”, diz.
Ele conta que ouvia comentários maldosos de todos os lados – de professores, vigias, vizinhos e crianças. “Depois, fui estudar em uma escola em que eu era o único negro. Tinha perdido um ano e meio de aula e era o mais velho em uma turma de crianças.”
“Passei bastante por essa questão do preconceito. Tinham professores que tinham preconceito, amigos. Ele se revela de várias formas, no simples fato de uma criança não querer brincar com você por ser negro. Depois, entre um determinado grupinho, descobri que tinham me dado apelido de ‘piva’ [pivete], que é moleque de rua.”
O ex-menino de rua afirma que nunca se deixou abalar pelas agressões e que sabia que estava em uma posição privilegiada. Fez amigos e teve namoradas, mas conta que nunca gostou de estudar.
“Tirava a média nos primeiros três semestres para estudar apenas no último bimestre. Não me arrependo dos meus erros, eles me ajudaram na minha formação humana adulta, e é em razão disso tudo que passei. Mas mudaria esse aspecto, teria aproveitado melhor.”
Vida acadêmica
Batista diz que só começou a se dedicar aos estudos aos 19 anos, para passar no primeiro concurso público. “Estudava 12 horas por dia – de 8h até meio-dia, tirava duas horas para descansar. Voltava às 14h, via um pouco de televisão, jornal, jantava. E às 20h estudava até meia-noite. Eram três turnos.”
Foi então que se apaixonou pela profissão que seguiria. “Comecei a estudar direito administrativo, constitucional. Não sabia nem o que era alínea, parágrafo. Estudei oito meses e passei em um primeiro concurso para bancário no BRB, aos 22 anos”, diz.“Seis meses depois, fui chamado para técnico no STF.”
Algum tempo depois, Batista foi aprovado para analista no Conselho Nacional do Ministério Público e para outros três concursos públicos. Atualmente, ele estuda para a segunda fase do concurso de delegado de Polícia Civil.
“Você começa a passar, vai passando, e vai adquirindo aquele acúmulo de conhecimento”, diz. “Não sou um cara muito inteligente, sou um cara esforçado. Se eu precisar ler dez vezes, eu vou aprender igual a um gênio.”
O advogado se define como um “aproveitador de oportunidades”“A maior parte dos meus amigos de Samambaia já morreu. Sempre fui muito esperto e ia acabar usando essa esperteza para alguma coisa que talvez não fosse boa”, diz.
"É uma antítese entre o malex do aeroporto e uma mesa de servidor do Supremo, que já me fez chorar muito. É uma junção de bênção, que se chama de sorte, com também aproveitamento de oportunidades.”
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3 maneiras de melhorar sua memória comprovadas pela ciência

Toda vez que eu encontro uma notícia interessante, que pode ajudar quem estuda para concursos, eu coloco aqui neste espaço de notícias do Jusbrasil. Leia e comente no final para podermos conversar sobre o assunto:-)
3 maneiras de melhorar sua memria comprovadas pela cincia
Uma pesquisa feita em 2013 mostrou que jovens adultos (com idades entre 18 e 34 anos) têm mais dificuldade do que pessoas com mais de 55 anos de lembrar de datas (15% vs. 7%), onde guardam as chaves (14% vs 8%), de fazer o almoço (9% vs 3%) e até de tomar banho (6% vs 2%).
Você acha que se encaixaria nessas estatísticas? Está se sentindo esquecido? Vale testar as dicas que separamos, baseadas na ciência, para recuperar o controle sobre sua memória:
1. Associe suas memórias com objetos físicos
Você já deve ter passado por esse problema: acabou de ser apresentado a alguém e, assim que a pessoa vira as costas, você já esqueceu o nome dela. Acontece - mas é extremamente embaraçoso precisar perguntar o nome dela novamente. A dica é associar o nome a algum objeto. Por exemplo, se você acabou de conhecer a Giovana e ela estava próxima de uma janela, pense nela como a Giovana da Janela. Parece um truque estúpido, mas funciona. E, claro, não só para nomes de pessoas, mas para qualquer coisa: relatórios, documentos, marcas. Associando conceitos a objetos fica mais fácil de lembrar. E, claro, quanto mais absurdas forem as associações mais fácil é lembrar delas.
2. Não memorize apenas por repetição
Ao ver ou participar de apresentações você deve ter sentido isso - é muito claro quando alguém apenas decorou o que devia falar. Mas basta acontecer alguma mudança no roteiro ou um 'branco' para que a pessoa se perca. Memorizar algo de fato depende de compreensão. Então, ao pensar em falas e apresentações, tente entender o conceito todo ao redor do que você está falando. Pesquisas mostram que apenas a repetição automática pode até impedir que você entenda o que está expondo.
3. Rabisque!
Estudos indicam que rabiscar enquanto 'ingerimos' informações não visuais (em aulas, por exemplo) aumenta a capacidade de nossa memória. Uma pesquisa de 2009 mostrou que pessoas que rabiscavam enquanto ouviam uma lista de nomes lembravam 29% a mais dos nomes ditos. Da próxima vez que for a uma palestra, leve uma caneta e bloquinho e rabisque!
Se você quer estudar para concursos assista as aulas do Dr. André Almeida - www.segredosdacespe.com.br

Fonte: Galileu

O mito do "primo de segundo grau"

Todo mundo tem um primo de segundo grau, certo?
Errado!
Sei que é difícil acreditar, mas primos de segundo grau simplesmente não existem!
Você se pergunta: Como assim não existem?
Calma, você não está tendo alucinações vendo e conversando com pessoas que não existem. O que não existe é o grau de parentesco!
Aí você respira aliviado e pensa: ah tá, aquela história de que primo de segundo grau não é parente, né?
De fato não são. Mas o que eu estou tentando te dizer é a palavra primo e o segundo grau são incompatíveis! O únicos parentes de segundo grau que você pode ter são seus irmãos, seus avós e seus netos!
Isso mesmo! Seus irmãos são seus parentes de segundo grau, mesmo que sejam filhos do mesmo pai e da mesma mãe que você.
Seus pais e seus filhos são os seus parentes de primeiro grau. Já seus tios e sobrinhos são seus parentes de terceiro grau, não importa o quanto você os ame.
No Brasil, só são considerados como parentes na linha colateral (aqueles com os quais você tem um ancestral em comum, mas que não são seus ascendentes nem descendente) até o quarto grau (primos, tio-avô e sobrinho neto).
Já em linha reta, ou seja, as pessoas das quais você descende ou descendem de você, o parentesco não tem esse limite.
E aquele primo de segundo grau então? O que é seu?
Bom, ele pode ser filho do seu primo, ser filho dos seus tios-avós, ser seu amigo... Mas, ao menos aos olhos da lei brasileira, ele não é seu parente.
Curiosidades:
1) Também não existem tataravós, muito menos ta-ta-ta-ta-taravós. Sim, eles são seus parentes, mas o parentesco correto depois do bisavó é: trisavó, tetravó, pentavó... Igualzinho os prefixos usados para contar os títulos de campeonatos de futebol. Melhor a seleção brasileira ganhar outros títulos mundiais logo, senão nunca saberemos quais são os próximos parentescos!

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Em 1 de outubro de 2015 entra em vigor o Simples Doméstico

A partir do dia 1º de outubro de 2015 entra em vigor o simples doméstico, que permite unificar a forma de pagamento dos tributos desses empregados.
A PEC das Domésticas, emenda constitucional que foi aprovada em abril de 2013, teve alguns pontos que somente foram regulamentados em junho de 2015, sendo que a partir de 1º de outubro de 2015 passarão a valer.
Com a regulamentação, o empregador será obrigado a depositar 8% a título de FGTS, e 3,2% de indenização por demissão sem justa causa, além de pagar 0,8% a título de seguro contra acidente. Lembrando que o INSS devido pelo empregador terá uma redução de 12% para 8%, enquanto o INSS devido pelo empregado poderá variar de 8% a 11%. Se o salário pago ao empregado superar R$ 1.930, também haverá o recolhimento do Imposto de Renda devido pelo trabalhador.
Quanto ao INSS devido pelo empregado e Imposto de Renda, esclarecemos que em que pese o recolhimento ser realizado pelo empregador, esse deverá descontar do salário do empregado tais quantias.
O empregador deve cadastrar o empregado no site www.esocial.gov.br para obter facilidades no controle e cumprimento das obrigações trabalhistas, previdenciárias e fiscais. Esse procedimento só estará disponível no início de outubro, em razão dos ajustes que ainda estão sendo feitos.
A previsão é de que a partir de novembro poderão ser pagos todos os tributos de um empregado doméstico em uma guia única. O pagamento nesse novo modelo, referente a outubro, deverá ser realizado até 7 de novembro de 2015.
Atualmente, através do “e-social” é possível verificar dados do empregado, tais como o NIT (Número de Identificação do Trabalhor) e CPF.
Com a realização do cadastro o empregador deverá informar mensalmente o valor do salário e horas extras praticadas pelo empregado. O sistema irá gerar um documento único de arrecadação do E-social, que constará de modo discriminado os valores de cada parcela, no entanto que permitirá o pagamento de modo unificado.
Outras funcionalidades do sistema ainda dependerão de mais tempo para estarem disponíveis, tais como: afastamentos, retornos, dispensa dos empregados, além de anotação de férias e controle para cálculo de horas extras e hora noturna.

O dólar a R$ 4 em Outubro de 2002 equivale a um dólar de R$ 6,86 hoje

Refazendo os cálculos usando índices de preço ao consumidor.


Publicado por Thiago Venco
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Para esclarecer um cálculo que não é tão evidente para leigos, ainda que as contas sejam simples: em Outubro de 2002 o dólar chegou a R$ 4. Mas corrigida a inflação do dólar, segundo o calculador do Departamento de Trabalho dos EUA, por um índice de preços ao consumidor, o valor atualizado seria de USD 1,32.
O dlar a R4 em Outubro de 2002 equivale a um dlar de R686 hoje
Já o Real, usando a calculadora do Banco Central do Brasil, ajustado pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor), os R$4,00 de Outubro de 2002 valeriam R$9,06.
O dlar a R4 em Outubro de 2002 equivale a um dlar de R686 hoje
Portanto, se fizermos a comparação destas cotações atualizadas pela inflação, temos o resultado:
Se dividirmos (R$ 9,06 / USD 1,32), 1 dólar = R$ 6,86.
Ou seja, ainda que o cenário atual seja alarmante, é preciso esclarecer que a comparação do valor bruto não é adequada.

9 frases budistas para te deixar mais inspirado



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9 frases budistas para te deixar mais inspirado
Gentileza, equilíbrio, desapego. Você não precisar ser budista para enxergar a importância desses valores para a felicidade na sua vida e na sua carreira.
Em tempos de culto excessivo ao trabalho e cargas horários cada vez mais pesadas, buscar uma rotina equilibrada, ou como dizem os budistas: “trilhar o caminho do meio”, pode salvar muitas pessoas da estafa.
Lazer e obrigação, em doses sensatas, devem fazer parte do cotidiano de todos. Trabalhar ou estudar excessivamente é tão nocivo quanto não fazê-los. Mas segundo a filosofia budista, não existe um padrão estabelecido, cada indivíduo deve encontrar a forma de agir mais natural e adequada para si, a partir de exercícios de autoconhecimento e meditação.
Para te ajudar, escolhi 9 frases budistas para deixar você mais inspirado ao se preparar para concursos:
Para quem acha que todo aquele esforço não vale a pena:
  • A satisfação está no esforço, não na conquista. Esforço completo significa vitória completa. (Mahatma Gandhi)
Pra quem fica sempre arranjando desculpas por não conseguir acertar aquela mesma questão:
  • Buscar professores não vai resolver suas dúvidas. Investigue a si mesmo para encontrar a verdade dentro, não fora. (Ajahn Chah)
Pra quem adora perder tempo nas redes sociais ou então em 'saidinhas' com os amigos:
  • Coisas ruins e prejudiciais para você são fáceis de fazer. Coisas positivas e benéficas são dificílimas. (Siddartha Gautama - Buda)
Pra quem acha que é um fracassado:
  • Compaixão e tolerância não são sinais de fraqueza, mas sim de força. (Tenzin Gyatso - Dalai Lama)
Pra quem acha que é o supra-sumo dos concursos:
  • Não supervalorize o que você tem, nem inveje o outro. O invejoso não obtém paz de espírito. (Siddartha Gautama - Buda)
Pra quem se sente mal ao negar aquela 'saidinha' com os amigos:
  • Um ‘não’ pronunciado com convicção profunda é melhor do que um ‘sim’ pronunciado apenas para agradar ou, pior, apenas para evitar problemas.(Mahatma Gandhi)
Pra quem ficou reprovado no último exame:
  • Guardar raiva é como segurar um carvão quente com a intenção de jogá-lo em alguém. Quem se queima é você. (Siddartha Gautama - Buda)
Pra quem fica falando mal das bancas organizadoras:
  • Não busque defeitos nos outros. Se eles se comportam mal, você não precisa sofrer. (Ajahn Chah)
E finalmente, pra quem quer fazer a diferença:
  • Temos de ser a transformação que queremos no mundo. (Mahatma Gandhi)
Agora que você já está mais inspirado para dar continuidade aos seus estudos, você precisa fazer adquirir o planejamentos elaborado pelo www.segredosdacespe.com.br



Se houvesse impeachment, quem seria o presidente?

Joaquim Barbosa poderia ter se tornado presidente do Brasil?

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Se houvesse impeachment quem seria o presidente
Em meados de 2013, o então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, ganhou a confiança do povo brasileiro por sua atuação no julgamento do mensalão. O Ex-Ministro, relator do processo, ajudou a condenar 24 envolvidos na época.
Pouco tempo depois, surgiu nas redes sociais um movimento que queria colocar o Presidente do STF na Presidência da República. Os organizadores do movimento diziam que, se houvesse impeachment, o então Ministro Joaquim Barbosa poderia ser conduzido a Presidência da República sem a necessidade de nova eleição.
O tempo passou e o ex-Ministro Joaquim Barbosa se aposentou voluntariamente em julho de 2014, aos 60 anos de idade.
No entanto, será que existe alguma chance do Presidente do STF ocupar a presidência da República sem eleição?
A resposta é: SIM.
Mas vamos com calma, que o assunto é um pouco mais complexo.
O sucessor natural do Presidente da República é o vice, o qual é eleito juntamente com presidente.
No entanto, na hipótese de tanto o Presidente quanto seu vice não poderem exercer suas funções, a Constituição Federal, em seu artigo 80, indica os cargos aptos a ocupar a linha sucessória presidencial. Vamos ver abaixo que linha sucessória é essa, e quem são os atuais ocupantes destas vagas:
  •  - Presidente da República: Dilma Roussef
  •  - Vice-Presidente da República: Michel Temer
  •  - Presidente da Câmara dos Deputados: Eduardo Cunha
  •  - Presidente do Senado Federal: Renan Calheiros
  •  - Presidente do Supremo Tribunal Federal: Ricardo Lewandowski
Como se vê, o ex-ministro Joaquim Barbosa já esteve em 5º lugar na linha sucessória presidencial.
Havia uma pequena chance sim dele exercer as funções de Presidente da República.
No entanto, trata-se do exercício da função apenas provisoriamente. Isso porque essa linha sucessória só é válida para em caso de vacância provisória do cargo.
Se houver um impeachment, que é um caso de vacância definitiva do cargo, quem assume o cargo é o vice. Foi exatamente o que aconteceu em 1992, quando Collor renunciou ao cargo. Seu vice, Itamar Franco, assumiu a presidência pelo período que restava para cumprir o mandato.
Mas e se tanto o presidente como o vice, seja lá por qual motivo for, deixarem de ocupar o cargo?
Bem, se o cargo de presidência da República estiver definitivamente vago, coma vacância do cargo de vice-presidente, haverá a necessidade de novas eleições.
Se os cargos vagarem nos primeiros 2 anos do mandato, haverá novas eleições90 dias após a desocupação do último cargo.
Se os cargos vagarem nos últimos 2 anos do mandato, quem elegerá o novo presidente será o Congresso Nacional. Ou seja, eleições indiretas!
Em qualquer um dos casos, o novo presidente apenas completará o período faltante do mandato do antigo presidente.

Curiosidade

Você sabia que se o Presidente e o Vice-Presidente da República se ausentarem do país por mais de 15 dias, SEM licença do Congresso Nacional, podem perder o cargo? É o que diz o artigo 83 da Constituição Federal.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Viagem pelo sertão: “polígono da maconha e o novo cangaço”



Viajar é uma das melhores coisas que conheço! Quando passo muito tempo sem conhecer algo distinto do cotidiano já me sinto estressada, sem muito entusiasmo para produzir.
Essa "charla", para alguns, pode até parecer coisa de gente que só curte a vida e foge do trabalho, mas não; a verdade é que, com elas (as viagens), sempre surgem ideias e sentimentos que gosto de compartilhar, além do mais me sinto revigorada na volta, pronta para novos desafios.
Essa última que fiz foi pelo sertão nordestino. Havia muito tempo que planejava conhecer o lado da família que vive no interior da Bahia, na caatinga, no Irecê, Gentil do Ouro e por toda a região circundante.
Fiquei impressionada com a quantidade de gente que vive por ali, e são, de alguma forma, meus aparentados. Pequenas cidades e povoados inteiros tomados por familiares. Até escolas e postos de saúde levam o nome dos mais antigos, dos já falecidos.
No entanto não vim aqui falar de mim e dos meus, todavia aproveitei essa prosa para introduzir um assunto que a mim me parece importante, qual seja: “polígono da maconha e o novo cangaço”.
Viagem pelo serto polgono da maconha e o novo cangao
Foi durante o retorno que me dei conta que podia discorrer um pouco acerca desse assunto que há muito me incomodava.
Acredtio que a maioria dos leitores já sabem que o Polígono da Maconha é uma região do nordeste brasileiro, em especial, do Pernambuco, no entanto Bahia se faz presente. São 13 cidades (Salgueiro, Floresta, Belém de São Francisco, Cabrobó, Orocó, Santa Maria da Boa Vista, Petrolina, Carnaubeira da Penha e Betânia); na Bahia, (Juazeiro, Curaçá, Glória e Paulo Afonso).
O percurso que fiz pelo nordeste, de carro, até chegar ao meu destino foi passando por Paulo Afonso, com àquele certo “medo” que afeta a maioria do sexo feminino e até alguns do sexo masculino, no entanto o mais perigoso foi o da volta para casa; tudo isso no afã de conhecer algo mais – cidades diferentes e estradas melhores.
Quando já estava quase na metade do caminho é que me lembrei disso – estaríamos a percorrer o lado mais famoso e violento do “polígono da maconha”, além da rota do “novo cangaço”.
Felizmente passamos por estradas bem melhores, renovadas e aparentemente seguras. Pelo menos foi o que me pareceu. Decidi, durante esse caminho, tornar-me uma espécie de Jornalista e seguir buscando informações sobre tudo.
Descobri que as estradas já não eram as mesmas, estavam boas, sem buracos; que os “novos cangaceiros” não estavam mais agindo depois da morte de um de seus líderes pela polícia local; que quando agiam era durante à noite entre Cabrobó, Belém de São Francisco e Floresta no Pernambuco; no entanto se quiséssemos não correr riscos desnecessários o melhor mesmo seria dirigir durante o dia. Foi o que fizemos!
O novo cangaço, literalmente, “tocava o terror” nessa região e em outras próximas e até distantes. Assaltos com violência e até mortes se deram no nordeste; até o Centro Oeste (MT) sofreu com ataques desses novos cangaceiros.
Mas, retornando ao assunto Polígono da Maconha, citarei uma entrevista realizada pelo siteCarta Capital, em julho de 2015, por Marcelo Pellegrini, entrevistadando o pesquisador Sociólogo Paulo César Fraga da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Viagem pelo serto polgono da maconha e o novo cangao
CartaCapital: A maconha cultivada no Polígono da Maconha é responsável pelo abastecimento de qual fatia do mercado nacional?
Paulo Fraga: Há um mito de que a maconha consumida no Brasil venha do Paraguai, de que não é um problema nosso. No entanto, estima-se que a maconha do Vale do São Francisco abasteça cerca de 40% do mercado nacional, ficando restrita às capitais, às regiões metropolitanas e ao interior do Nordeste. A maior parte da maconha consumida no Brasil vem do Paraguai e abastece os principais mercados como Rio, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e as regiões metropolitanas e as cidades de médio e pequeno porte dos estados do Sul e Sudeste. O Brasil é considerado o quinto maior produtor de maconha das Américas, mas sua produção não consegue abastecer todo o mercado nacional. Somos grandes consumidores.
CCÉ possível estimar os valores envolvidos nesta cadeia produtiva?
PF: Não arriscaria valores, pois não há fontes ou projeções muito seguras. O que se pode dizer é que houve época em que os recursos do plantio tinham muito impacto nas cidades locais. Isso mudou e hoje o impacto é menor. Apesar de não se ter uma política agrária consistente para a região, os programas sociais e ações de desenvolvimento nos últimos anos tiveram impactos mais relevantes.
A crise que se avizinha pode significar um quadro como o que víamos o final do anos 1990, em que a pobreza extrema era muito presente na região, a violência era alarmante e a migração da violência do tráfico migrava para outras criminalidades mais facilmente. No final dos anos 1990, das 10 cidades com maior taxa de homicídios no país, três ficavam na região do Polígono da Maconha.
CCO que explica o plantio de maconha na região do Nordeste denominada Polígono da Maconha?
PF: A presença da maconha na região vem de longa data, mas o cultivo se intensifica com o surgimento de um mercado no País. Esse surgimento estava atrelado à contracultura nos anos 1970 e teve produção recorde a partir da década de 90. No entanto, a explicação para o plantio de maconha na região do Vale do São Francisco não está apenas relacionada a um fator histórico ou de um mercado consumidor.
O deslocamento de agricultores para a construção de hidrelétricas no rio e o crescimento do agronegócio também têm uma parcela significativa na explicação deste fenômeno. O agronegócio, ao mesmo tempo que criou rotas de escoamento, não foi uma alternativa viável de emprego para os trabalhadores rurais. Se somarmos a isso as péssimas condições para o desenvolvimento dos produtos agrícolas tradicionais, em uma região de seca e de baixíssimo investimento governamental, temos os elementos propícios para o crescimento dos plantios ilícitos de cannabis.
CCO senhor disse que, além dos elementos econômicos e sociais, historicamente o cultivo de maconha sempre esteve presente nesta região. É isso mesmo?
PF: Há registros da presença de cannabis na região desde a segunda metade do Século XIX. O inglês Richard Burton, navegando pelo Rio São Francisco, identificou a planta e chamou a atenção para o fato de o clima e da vegetação serem propícios ao desenvolvimento de seu cultivo para ser usado comercialmente, na indústria têxtil.
Já nos anos 1930, Jarbas Pernambucano, estudioso de questões sociais envolvendo o uso da maconha, revela a presença de plantios para fins de abastecimento dos incipientes mercados de Salvador e Recife. Nos anos 1950, em seu livro O Homem do Vale do São Francisco, Donald Pierson descreve situações de uso coletivo da maconha e de plantio em, pelo menos, cinco localidades. Nesta mesma época, já há preocupação das autoridades brasileiras com a repressão do plantio nessa região.
CCA repressão ao plantio de maconha ocorre desde os anos 80. Por que ela não foi capaz de acabar com essa prática?
PF: Não adianta reprimir sem dar maiores alternativas ao plantio ilícito. É preciso ações como um maior financiamento do pequeno produtor, apoio ao escoamento da produção, integrar as áreas produtivas com os mercados consumidores, amenizar o convívio com a seca e mudar a nossa política de repressão às drogas. Estamos no século XXI e não podemos mais utilizar a desculpa de que a seca é um flagelo. Nessa mesma região, o agronegócio prospera. O problema, com certeza, não é a falta de água.
CCHá interesse de grupos familiares ou de políticos regionais em manter essa atividade, que é altamente lucrativa?
PF: Enquanto houver esses problemas de infraestrutura para a agricultura local, haverá o plantio de cannabis. Mas é lamentável que o Brasil não reveja suas leis sobre a produção de cannabis e essa região não possa se transformar em um polo legal para fins medicinais do uso de cannabis, por exemplo, ou de produção têxtil e, mesmo, para fins recreativos. Sei que a questão não é simples, mas precisamos enfrentá-la.
Em um possível cenário em que a maconha seja liberada, esta região poderia ser aquela que teria o monopólio da produção, notadamente, no sistema de agricultura familiar. A maconha, então, traria melhores condições de vida para o sertanejo. Porque vamos ainda colocar trabalhadores rurais na cadeia ou na vida do crime? Quem ganha com isso? Com certeza, não é o pequeno agricultor. Quem mais se beneficia não é o pequeno agricultor, mas o atravessador e o "patrão", como na agricultura tradicional.
CCQual é o perfil do trabalhador envolvido neste plantio?
PF: O trabalhador envolvido no plantio da cannabis não se diferencia do agricultor tradicional. São agricultores pobres, que não têm muitas condições de uma vida mais digna de consumo e bem estar fora do plantio ilícito. Muitos deles em uma época do ano plantam o produto tradicional como o algodão, o pimentão, o tomate e, em outra parte do ano, se envolvem no plantio de cannabis. Ou seja, utilizam o plantio de cannabis como forma de complementar sua renda. Outros se dedicam mais intensificadamente e estão mais atrelados à rede criminosa. Mas é importante frisar que a grande maioria dos agricultores locais não têm qualquer relação com o plantio de cannabis.
CCO plantio envolve a família toda?
PF: Nos anos 1990 era mais comum ver jovens, adolescente e até criança no plantio. Os programas governamentais implementados nas últimas décadas tiveram um impacto positivo de expor menos esse público às condições de trabalho, na maioria das vezes, penosas. Hoje, quando se utiliza força de trabalho infanto-juvenil é mais na hora da colheita, pois ela precisa ser rápida para evitar roubos de outros grupos ou não ser apanhados pela polícia, que prefere agir na repressão no momento da colheita para aumentar o prejuízo. Muitos jovens, filhos e netos de agricultores atingidos pelas barragens do Rio São Francisco tiveram sua primeira experiência agrícola no plantio de cannabis.
CC:É um plantio organizado em grandes propriedades ou em agricultura familiar?
PF: Não há latifúndio ou plantios em áreas muito extensas porque isso facilitaria bem mais as tarefas de identificação das polícias, principalmente a Polícia Federal, que hoje já faz um trabalho mais eficiente de identificação de plantios por imagem de satélites. Ademais, plantios muito extensos são de mais difícil organização, planejamento e controle.
CCEntão, como os trabalhadores se envolvem neste plantio?
PF: Os trabalhadores se envolvem, geralmente, de três formas. A primeira é como assalariado. Sendo contratado por um período, para plantar, cuidar e colher. Pode ser, também, no sistema de meeiro, quando cuida de uma porção de terra e depois divide o produto com quem chamam de "patrão", uma pessoa que geralmente nem conhecem. A terceira forma é como agricultura familiar. Em qualquer um dos três modos, o pequeno agricultor envolvido não tem controle do preço final do produto e se insere de maneira subalterna, em um elo de produção e venda em que há mais atores. O agricultor é o elo mais frágil da cadeia e é quem mais sofre com a repressão porque está na ponta do processo e mais desprotegido.
CCEm quais terras ocorre a produção de maconha?
PF: Devido ao fato da legislação brasileira prever terras para desapropriação para fins de reforma agrária em áreas onde forem encontrados plantios ilícitos, as plantações se fazem, geralmente. Em terras abandonadas, de propretário desconhecido ou em áreas públicas, inclusive de preservação, como a caatinga. No entanto, com a intensificação das ações de erradicação dos plantios nos últimos anos, volta-se a utlizar plantios em pequenas proriedades, em quantidades de covas reduzidas, para evitar a identificação, e nas ilhas do Rio São Francisco.
CCO plantio acontece o ano todo?
PF: Sim, é possível plantar o ano todo, pois não há muita variação e a cannabis é uma planta bem adaptada. O que se busca é variar o período para se evitar as ações de erradicação de plantio.
CCExiste relação entre o uso de agrotóxicos nessas plantações e uma maior frequência das incursões da polícia nesta região?
PF: Agrotóxico, no sentido do defensor agrícola para evitar pragas, não. Mas, em relação a uso de produtos para acelerar a produção, sim. Historicamente o plantio de cannabis na região era feito sem a utilização de adubos químicos para evitar o aumento do preço de custo da produção. No entanto, o aumento da eficiência das ações de erradicação das polícias, prevendo ações em períodos de colheitas de quatro meses, levou à utilização de adubos químicos para acelerar o tempo da colheita. Hoje é possível ter ciclos de dois meses.
Apesar de termos citado as 13 cidades mais “importantes” no plantio da ervacannabis sativa, há outras que não são tão conhecidas assim.
Em conversas extra oficiais com “membros do meu clã”, em Gentil do Ouro, soube que há indivíduos presos, que possivelmente serão condenados exatamente pelo plantio da droga. Ao contrário do que muitos pensam, não é somente a falta de incentivo governamental ou falta absoluta de recursos que levam agricultores do nordeste a envolver-se nesse tipo de atividade criminosa; na região de que falo, o fator preponderante foi a ganância, a esperança de lucro fácil e maior, uma vez que ela (a erva) se produz em qualquer solo e é bastante rentável.
O problema de tudo é que, após o envolvimento com organizações criminosas, esses pequenos proprietários, que cedem terra e a mão de obra não tem mais como “fugir”, desistir da atividade; ao serem presos sequer podem “delatar”….., o medo de perder a vida e a dos familiares é o maior problema que enfrentam, assim acabam por assumir a culpa de tudo sozinhos e a cúpula da organização criminosa sai impune!
FonteCarta Capital
Autoria: Elane F. De Souza OAB-CE 27.340-B
Foto/créditos: sertãoafora. Blogspot; alunodaestrada. Com

4 razões justas para desistir de um concurso público




4 razes justas para desistir de um concurso pblico
Ser aprovado num Concurso Público pode ser muito difícil. Não faltam justificativas - legítimas ou não - para abandonar os estudos.
A maioria das desistências se apoiam em argumentos falsos. A pessoa não acredita na sua capacidade de ser aprovada e busca desculpas para justificar suas razões e encontram obstáculos o tempo todo. É uma autoboicotice.
Os pretextos podem ser de vários, desde o tempo dedicado na rotina à falta de dinheiro para pagar cursos e livros.
Muitos candidatos fogem do desafio após sentirem o sabor amargo de sua primeira reprovação, e isto ocorre porque essas pessoas querem resultados imediatos, e se esquecem que a aprovação em concurso é um projeto demorado e exigente.
Mas quando faz sentido jogar a toalha?
No atual contexto de crise política e econômica, a busca por estabilidade aumenta e consequentemente eleva a competição pelos cargos públicos. Por isso, mais do que nunca, é fundamental diferenciar as razões justas de meras "desculpas" para abandonar um concurso.

1. A sua vida pessoal não deixa outra escolha

De doenças a divórcios, são inúmeras as situações que podem afetar a sua disponibilidade para os estudos. Vale a pena repensar se você terá condições emocionais de chegar preparado para a prova.
A desistência pode ser apenas temporária, e assim que os problemas ficarem mais 'leves', respire fundo e retome os estudos.

2. Você recebeu uma oferta melhor

Cargos públicos são extremamente disputados, mas não necessariamente são o máximo que um indivíduo pode mirar na carreira.
Muitas pessoas desistem de um concurso simplesmente porque receberam uma oportunidade de emprego na iniciativa privada. No entanto, é preciso ter cuidado com esse tipo de decisão. Será que vale a pena abrir mão da estabilidade que a carreira pública proporciona? É preciso pesar bastante essa decisão.

3. Você descobriu que não tem vocação

Este é o único argumento válido para cancelar os seus planos. Afinal, muita gente se candidata a um cargo unicamente pelo salário e pela estabilidade que ele pode proporcionar, e esquecem de refletir se a carreira pública é de fato para você mesmo. Muitas vezes o seu propósito de vida não está ligado à área pública e neste caso, (somente neste) a desistência é perfeitamente justificável.

4. Não há tempo para se preparar

É normal os candidatos alegarem a falta de tempo como pretexto para abandonar um concurso. No entanto, existem casos em que o cronograma realmente impossibilita sua candidatura. Se você tem um mês e meio para estudar 20 disciplinas que não domina, seja prudente e deixe para a próxima oportunidade.
Para se preparar bem, você precisa de planejamento e de uma boa estratégia.
E lembre-se: Desistir não é uma opção! O cemitério está lotado de pessoas fracassadas, que terminam suas vidas juntamente com todos os seus projetos, sem desfrutar das suas conquistas com sua família e sem deixar um legado para as próximas gerações.

Com informações de Exame. Com