terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Gostaria de alterar meu nome, é possível?

Alteração de Nome (Registro Civil).


Gostaria de alterar meu nome possvel
O nome é um direito personalíssimo que o ser humano adquire, individualizando perante a sociedade e trazendo sentimentos de pertencimento a uma família.
Tanto é a importância disso que a lei tornou obrigatório os pais registrarem seus filhos no prazo de 15 (quinze) dias do nascimento.
Se não bastasse isso, em razão da segurança jurídica, com o fim de evitar fraudes e manter a individualização da pessoa, a legislação prescreveu, como regra, não ser possível a troca de nome/prenome.
No entanto, se você tem a intenção de trocar de nome, acalme-se! Pode ser que exista uma saída jurídica ao seu caso...
A legislação, através da lei de Registros Publicos, em algumas hipóteses, diante de uma ofensa maior ao direito da personalidade, permitiu a retificação/alteração de nomes e prenomes.
Abaixo vamos ver melhor em quais oportunidades conseguiríamos fazer a alteração.
01. Retificação/Alteração de nome por Constrangimento
Saiba que é possível a alteração de seu nome em decorrência de constrangimento por ele. Em outras palavras, a lei coíbe a exposição do individuo ao ridículo (art. 55, pu, da LRP).
Desta forma, poderá ser pleiteado judicialmente a sua retificação com a finalidade de assegurar seu direito personalíssimo.
02. Retificação/Alteração de nome por Erro de Grafia
Se você tem um erro de grafia em seu nome ou prenome é possível promover a alteração do mesmo. É o que o art. 110 da lei n. 6.015/73 prescreve.
Aqui acontece bastante nas hipóteses que a pessoa quer tirar a cidadania em outro país, pois geralmente os nomes dos bisavós/avós foram grafados errados quando chegaram ao Brasil.
Em outra oportunidade farei um post específico fiz para quem precisa retificar o nome e/ou registros para tirar a cidadania.
03. Retificação/Alteração de nome por Homônimo
Embora não tenha nenhum dispositivo legal na Lei de Registros Publicos, o judiciário vem aceitando a retificação de nome quando demonstrado que a homonímia está trazendo transtornos e prejuízos demasiados a pessoa.
Tal argumento se sustenta em decorrência do direito a personalidade.
04. Retificação/Alteração de nome por Notoriedade
Ainda, é possível a inclusão de apelido, alcunha quando comprovado a utilização do mesmo tempo prolongado.
Tal permissão ocorre em virtude do art. 58 da Lei n. 6.015/1974.
05. Retificação/Alteração de nome por outras causas
Por fim gostaria de deixar claro ainda ser permitido, via jurisprudência, a alteração de nome em razão de um motivo maior.
Há casos autorizando a mudança tendo em vista abusos sofridos quando criança, sentimento de não pertencimento a determinada família...
Vale lembrar que nessas hipóteses será preciso demonstrar que o nome atual lhe traz grande desconforto e sua alteração irá trazer benefícios a saúde e bem-estar.
Por fim, imperioso esclarecer que este rol apresentado aqui não é taxativo, ou seja, há outras permissões que poderá ser apreciadas em juízo.

14 truques infalíveis para salvar roupas e sapatos

Sapato com tiras apertadas, roupas manchadas de vinho, desodorante e batom e camurça estragada tem solução.


Roupas laceadas e desbotadas, sapatos apertados ou que machucam, existem situações que parecem o fim da linha para as roupas e sapatos. A boa notícia é que, com alguns truques, é possível dar um jeitinho e voltar a usá-las.

Confira 14 dicas do Site de Beleza e Moda para reviver suas roupas e sapatos e conseguir voltar a usá-las:
1. Chapinha como ferro de passar
Está com pressa, tem que sair e a roupa não desamassa de jeito nenhum? Use sua chapinha de cabelo, usada para alisar os fios, para desamassar a roupa, ao invés do ferro de passar. Passe a chapinha na área amassada, com muito cuidado e rapidamente. Não use em peças delicadas, como sedas, lãs e rendas.
2. Bolinhas das peças de lã
As peças de lã acumulam bolinhas com muita facilidade. Para se livrar delas, basta colocar a peça dentro de um plástico no freezer por 3 a 4 horas. Depois disso, a peça ficará como nova. Se não tiver tempo, use uma fita crepe enrolada na mão e passe a parte colante nas bolinhas.
3. Botas com canos tortos
Para que os canos das botas não fiquem tortos no armário, enrole revistas e coloque dentro, para que permaneçam firmes.
4. Mancha de batom
Passar um pouco de laquê por cima da mancha ajuda a removê-la.
5. Mancha de desodorante
Lave a roupa normalmente, sem muito sabão. Adicione uma colher de sopa de bicarbonato e 1 colher de água e passe sobre a mancha. Enxágue.
6. Sapato apertado
Vista meias grossas, calce os sapatos e passe o secador sobre os pés. Isso vai fazer com que o sapato laceie.
7. Eliminar manchas de suor
O limão é ótimo para a saúde e para as roupas. Aplicar suco de limão nas manchas de suor, ou bicarbonato, podem amenizar as manchas.
8. Evitando machucados de sandálias
Corte pedaços de tecido macio e cole por dentro das tiras com fita dupla-face. Isso fará uma espécie de almofadinha no seu
9. Camurça como nova
A camurça estraga com facilidade. Para recuperá-la, use uma borracha nas partes atingidas.
10. Limpar tênis branco
A parte branca dos tênis são muito difíceis de limpar. Para ajudar, misture bicarbonato de sódio e detergente. Esfregue a mistura com uma escova de dentes para que a sujeira saia melhor.
11. Tirar manchas de base da roupa
As mulheres sofrem muito para tirar as manchas de base das roupas, principalmente as que possuem gola. Para solucionar o problema, passe creme de barbear na mancha e depois lave a roupa normalmente.
12. Tirar mancha de vinho tinto
A mancha de vinho tinto é uma das piores para retirar. Aplique vinho branco com bicarbonato em cima da mancha de vinho, espere secar e lave a roupa normalmente.
13. Evitar machucado de sapatos de tiras (2)
Passe um pouco de desodorante stick na região do calcanhar e depois calce o sapato. Isso vai evitar que o calçado machuque o pé.
14. Amaciar jaqueta de couro
Caminhe com a jaqueta num dia de chuva, para que ela molhe um pouco. Isso a tornará mais maleável.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Quem tem muitos grupos no WhatsApp tem mais chances de se divorciar

Conhecido por "phubing", o fenômeno provoca cada vez mais discussões entre os casais.


Ter um dos integrantes do casal viciado nas redes sociais é cada vez mais comum. Facebook, Instagram, Twitter, Snapchat e, claro, o WhatsApp estão tornando as pessoas cada vez mais vidradas nas telas dos smartphones, provocando diversos fenômenos ainda desconhecidos, mas que já provocam profundas transformações em nossa sociedade, como os jantares nos quais os interlocutores estão de cabeça baixa, conferindo o celular, sem trocarem olhares ou conversarem.

Um desses fenômenos recentes é o "phubbing", ou "phone snubbing", algo que pode ser traduzido como ignorar com o celular: ou, em outras palavras, ter uma pessoa ao lado que nos ignora por estar prestando mais atenção no que acontece através da tela de celular.
Um estudo recente, conduzido pelo professor James A. Roberts, da Universidade Baylor, nos EUA, descobriu que 46,3% dos 453 adultos entrevistados tinham sofrido phubbing por parte de seu parceiro; e 22,6% declararam que essa prática era fonte de conflito, revela o site El País.
Com isso, o estudo conclui que os parceiros que são viciados em grupos do WhatsApp, que fazem muitas postagens durante o dia e conversam muito, o tempo todo, são mais propensos a se divorciarem, por dois motivos: primeiro, porque o tempo passado no celular não é usado para empregar em algo significativo para o casal; segundo, porque o mal-estar gerado pelo hábito leva o casal a mais discurssões e, consequentemente, um desgaste da relação. Cerca de 36% das pessoas que foram ignoradas por causa do celular relataram terem sentido depressão em pelo menos uma ocasião.
"Existem outros casos nos quais ambos utilizam muito o celular em companhia do outro, ou que só se comunicam pelo WhatsApp, mas não sentem culpa alguma porque estão em igualdade. Existe um consenso”, explica o psicólogo Enrique García Huete, diretor da Quality Psicólogos e professor da Universidade Cisneros (Madri).

Ex-SBT supera vício em sexo e revela ter tido mais de 400 homens

A atriz que já atuou no sucesso 'Dona Anja', comemora a boa fase hoje em dia e diz ter superado o problema.


Núbia Óliiver é atriz, modelo, apresentadora e empresária, mas ficou famosa mesmo ao se despir várias vezes nas capas de revistas sensuais. Em conversa com o programa 'Câmera Record', Núbia revelou que teve um passado doloroso, ao dizer que era viciada em sexo: "Dormia pensando nisso, tinha que dormir fazendo isso, acordar fazendo isso, procurar alguém para fazer isso comigo. Era sexo o tempo todo".

A modelo declarou que sabia que essa questão sexual era algo doentio e se deu conta da gravidade quando foi para a cama com vários homens no mesmo dia e não ficou satisfeita.
"Quando eu vi que realmente se transformou em uma doença foi no dia em que eu tive quatro parceiros em um dia só, cheguei em casa e não estava satisfeita. A compulsão vai tirando cada vez mais o livre arbítrio da pessoa, a vontade dela decidir", declarou.
Em entrevista, Núbia revelou que já tinha dormido com cerca de 400 homens, nem sempre com segurança.
"Sabia o risco que estava correndo, mas não tinha responsabilidade. Era uma coisa realmente desvairada", revela.
A atriz que já atuou no sucesso 'Dona Anja', comemora a boa fase hoje em dia e diz ter superado o problema. 'É intensa, mas ela é boa, dentro dos parâmetros normais".

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Posso negociar com meu chefe para ter fim de semana de 3 dias?

De folga: quem cumpre jornada de 40 horas semanais pode negociar para o fim de semana começar antes.


Posso negociar com meu chefe para ter fim de semana de 3 dias

É possível para o empregado que cumpre jornada de trabalho de 8 horas trabalhar até 2 horas diárias extras mediante compensação em outro dia. Então é possível, sim, reduzir a jornada da sexta-feira e do sábado a fim de prorrogar o fim de semana.
Alguns pontos, no entanto, são de extrema relevância quando se abordam temas como esse que dizem respeito à jornada flexível.
Se por um lado é interessante ao colaborador aumentar seu fim de semana, pode não ser interessante, em um primeiro momento, ao empregador não o ter disponível em horário comercial, para atender os clientes. Nesse caso, a natureza da atividade desenvolvida é relevante na hora de negociar. O trabalhador precisa demonstrar que o aumento do fim de semana não acarretará perda de produtividade.
Além disso, por conta da jornada de 44 horas semanais, o máximo que se conseguirá é deixar livre metade da sexta-feira, caso o trabalhador cumpra uma jornada diária de 10 horas, de segunda a quinta-feira. Já para aqueles que possuem jornada de 40 horas semanais, é possível livrar toda a sexta-feira.

Formalizar a aprovação é importante

Se o funcionário conseguir a aprovação da chefia para sua demanda, ela deverá ser formalizada, tanto internamente, por meio de acordo individual, quanto pelo sindicato, por meio de acordo coletivo, quando houver necessidade e previsão em convenção coletiva. A formalização evita problemas posteriores ao empregador como pedidos de horas extras indevidas.
Lembrando que essas condições seguirão os critérios de oportunidade do empregador e não constituem direito do empregado, mas mera liberalidade.
Por último, é importante destacar que a prorrogação da jornada para ser posteriormente compensada não poderá ser prejudicial ao funcionário. Principalmente, em termos de saúde e segurança do trabalho. É o caso de trabalhos repetitivos ou que possuem condições insalubres, por exemplo.
Fonte: Exame
Você concorda com essa flexibilidade na jornada de trabalho? Deixe sua opinião nos comentários.

Alceu Valença revela ‘decepção’ com Carlos Drummond de Andrade

Cantor e compositor pernambucano relatou ao Notícias ao Minuto o encontro que teve com o poeta no passado.


O cantor, compositor, cineasta e escritor pernambucano Alceu Valença é fã declarado do saudoso poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade. Tanto é que o cronista, morto em agosto de 1987, ganhou do músico uma homenagem no disco Cavalo de Pau, lançado pelo autor de “Tropicana” em 1982.

Em entrevista exclusiva recente ao Notícias ao Minuto Brasil, Alceu, que dedicou uma das faixas do disco a Drummond, revelou que encontrou o poeta nas ruas do Rio de Janeiro nos anos 1980 e foi até ele falar da homenagem. Só que o cronista nascido em Minas Gerais não deu muita bola para o músico.
“Sai com um amigo meu, em Ipanema, e fomos ao Natural (bar) na rua Barão da Torre. E eu estava sentado quando Drummond passou. Ai meu amigo falou: ‘Alceu, fala para ele que você dedicasse a música…’. Eu respondi: ‘não, deixa o cara em paz’. Mas ele insistiu: ‘Vai, Alceu’.
Na insistência do amigo, Alceu decidiu correr atrás de Carlos Drummond de Andrade em Ipanema. O poeta já havia dobrado a rua.
“Quando eu o alcancei, vi ele parado olhando um cara empalhando uma cadeira. Ai eu falei: ‘poeta Drummond, dediquei uma…’. Ele já me interrompeu e falou que eu não precisava dedicar nada a ele. Eu insisti dizendo que era uma música e ele falou: ‘não, não quero música não”, lembrou.
“Rapaz, ele me tratou com um desprezo inacreditável”, completou Valença, falando ainda da primeira decepção com o poeta.
O artista pernambucano ainda viria a ter outro encontro com o poeta, praticamente no mesmo local.
“Passou um tempo. Eu estava num outro bar agora naquela mesma rua, com Walter Queiroz, compositor da Bahia. Aí lá vem ele (Carlos Drummond) andando com a mesma roupa e com o mesmo paletó amarelo. Eu já estava meio ‘biritado’, tinha tomado uns chopes. Fui até ele e falei: ‘o poeta Carlos Drummond, passeando na Vinícius de Moraes (rua)”. Ele só olhou para mim e fez um “tsc” (som). Rapaz, quanta humilhação”, recorda-se Alceu Valença, com sorriso no rosto.
Ao fim do relato, Valença deixa no ar que se o caso se repetisse nos dias atuais, em plena era da internet, a repercussão seria grande. “Um cara desse na época do celular...”, finalizou.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Novo golpe do 'Boa Noite, Cinderela' usa droga para cavalos em SP

O anestésico usado em cavalos tem em humanos o efeito de induzir um transe.


Quando Jô acordou na praça da República, centro de São Paulo, não lembrava seu nome ou o que estava fazendo ali na manhã de um sábado recente.

E, mesmo que o publicitário de 30 anos tivesse no bolso o celular, que havia sido subtraído por ladrões, não teria achado nele muita informação: as mesmas pessoas que haviam feito transações de R$ 40 mil com seus cartões de crédito e de débito durante a madrugada também haviam mudado as senhas das suas redes sociais, como Facebook, do seu e-mail e do iCloud, sistema de armazenamento remoto de arquivos.
Enquanto subia a avenida Angélica coberto por seu próprio vômito, já que não tinha dinheiro para pegar um táxi, Jô começou a se lembrar da noite anterior. Estava na calçada em frente a uma casa noturna da República até que um homem puxou papo. Aceitou uma cerveja do desconhecido e, depois dos primeiros goles, perdeu a consciência.
Ele foi uma das vítimas de um golpe, o "Boa Noite, Cinderela", em que sedativos são colocados na bebida da vítima. Nos últimos meses, jovens frequentadores de festas do centro passaram a registrar casos do crime, até então mais ligado a casas noturnas caras de bairros nobres.
Ao registrar o boletim de ocorrência, Jô fez um exame toxicológico do IML, que apontou dois tipos de cetamina em sua corrente sanguínea.
O anestésico usado em cavalos tem em humanos o efeito de induzir um transe, em que a pessoa fica desperta e capaz de se comunicar, ainda que sem memórias do que ocorre durante a sedação.
Após trocar as trancas de casa (os ladrões tinham ficado com a chave e o endereço), cancelar os cartões, o chip do celular, conseguir reaver as senhas das redes sociais e passar algumas noites acordando em sobressalto, Jô começaria uma segunda jornada: tentar reaver o dinheiro.
O banco alegou que, como as transações haviam sido feitas com uso da senha, não eram consideradas atípicas. Jô então solicitou ao Banco Central uma lista dos destinatários das remessas de dinheiro, feitas na madrugada.
Recebeu nomes como a Distribuidora Lopes, para onde foi uma das remessas de R$ 4.000 ou mais, e que tem como endereço registrado um prédio residencial na Luz. O porteiro disse à reportagem que não há nenhuma empresa funcionando ali.
"São empresas-fantasma e as transferências foram feitas no meio da madrugada", diz Jô. Outras vítimas narram se lembrar de terem sido levadas para carros, onde haviam maquininhas de cartão nas quais eram induzidas a digitar suas senhas.
O Itaú Unibanco afirma em nota que utiliza "todas as ferramentas disponíveis para orientar clientes a se protegerem contra fraudes". Cada caso é "analisado cuidadosamente, levando-se em conta detalhes das transações e as circunstâncias em que elas ocorreram", afirma o banco, que orienta os clientes "a não compartilharem senhas e dados pessoais com terceiros".
CAMPANHA
Jô é um nome fictício, como todos os demais que aparecerão nesta reportagem. Um sentimento comum entre as vítimas ouvidas é de vergonha. Uma delas não registrou o caso na polícia, e os demais só contaram a desventura para o delegado e para amigos mais próximos.
Nelson, que trabalha numa empresa de comunicação, foi acordado por uma moradora de rua a dois quarteirões de onde foi abordado por dois homens, com quem conversou enquanto estava do lado de fora da boate L'Amour.
"Eu não bebi nada que eles tenham oferecido. Desconfio que tenham colocado algo na minha cerveja". O desfalque foi de R$ 9.000 e um celular. Ficou semanas ressabiado, sem conseguir sair à noite. "É uma violação bem grande, você se culpa no começo", diz ele, quatro meses depois.
O arquiteto Carlos estava saindo da boate A Loca, na rua Frei Caneca, quando foi parado por uma roda de três desconhecidos, que o chamaram para tomar catuaba.
Acordou sete horas depois na avenida Nove de Julho, com R$ 7.000 a menos na conta. Ele agora negocia seu apartamento e planeja uma mudança para o Canadá: "São Paulo me venceu. É impossível ficar em guarda durante as 24 horas do dia".
A Polícia Civil reconhece o problema, e afirma que "investiga todos os casos que são registrados" e que trabalha no centro "para identificar e prender suspeitos de cometerem este tipo de crime".
Nas últimas semanas, agentes do 78º Distrito Policial, nos Jardins, prenderam um homem que foi reconhecido por vítimas. "A equipe de investigação da unidade está em busca de outras vítimas que reconheçam o suspeito", diz a polícia, que afirma ainda cruzar informações de várias delegacias, na tentativa de encontrar outros golpistas.
Festas da região estão se unindo para lidar com o risco. A Tenda, que acontece mensalmente na rua Bento Freitas, já lançou uma campanha advertindo seus frequentadores sobre o golpe.
Um clubber que frequenta a festa posou para cartazes, colados pelo centro, e para um GIF (imagem animada) para ser compartilhado nas redes sociais. "No fim, é lembrar que devemos tomar cuidado com os nossos copos e não aceitar bebida de estranhos", diz o DJ Tiago Guiness.
"Nada novo. Mas talvez seja necessário relembrar". Com informações da Folhapress.

Tenho direito ou não?

Tenho direito ou no

Situação muito comum é o consumidor acreditar fielmente que possui um direito que na verdade não possui. Visando acabar com essas dúvidas, esclarecemos abaixo algumas situações que sempre geram confusão. São elas:
1. Troca imediata de produtos: Independentemente do produto ter ou não defeito, o lojista não tem o dever de trocá-lo, entretanto, muitas vezes o fazem por meras questões comerciais, com a finalidade de fidelizar o cliente. Caso o produto possua algum defeito, ele deverá ser encaminhado à "análise" para que o problema seja resolvido em até 30 dias. Não sendo resolvido, o consumidor tem direito à devolução do valor pago, à troca por outro produto da mesma natureza ou ao abatimento proporcional do valor;
2. Prazo de sete dias para desistência da compra: ao contrário do que muitos consumidores acreditam, o direito de arrependimento (prazo de 7 dias para desistência da compra/contratação) só é válido para compras feitas fora do estabelecimento (pela internet, telefone ou em domicílio);​
3. Forma de pagamento: o lojista não é obrigado a aceitar o pagamento em cheque ou cartão, mas esse tipo de informação deve constar em destaque no estabelecimento;
4. Incidência do CDC: nas compras feitas com outra pessoa física (muambeiros, camelôs, etc...), não se aplica o código de defesa do consumidor;
5. Limite do cheque especial: os bancos podem, por mera liberalidade, diminuir ou cancelar o limite do cheque especial, desde que haja comunicação prévia ao correntista, pois o valor colocado à disposição do cliente é um contrato de empréstimo e fica a critério do banco escolher o valor oferecido;
6. Repetição do indébito: a devolução em dobro de valor pago indevidamente (repetição do indébito) só é cabível em casos que se possa verificar má fé de quem realizou a cobrança;
7. Preço muito baixo: nas hipóteses de veiculação de oferta de produto com preço muito abaixo do valor real, como o anúncio de venda de uma TV que custa R$ 5.000,00 a R$ 500,00, por exemplo, não há possibilidade de cumprimento da oferta pois é totalmente claro que houve um erro material.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Mais de 24 milhões de brasileiros ficaram sem trabalho em 2016

Em relação ao quarto trimestre de 2015, eram 18,5 milhões nessa condição.


A taxa composta de subutilização da força de trabalho ficou em 22,2% no quarto trimestre de 2016, resultado superior ao do terceiro trimestre (21,2%) e ao do quarto trimestre de 2015 (17,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira, 24, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado equivale a dizer que faltava trabalho para 24,3 milhões de pessoas no País no quarto trimestre, um aumento de 6,0% em relação ao terceiro trimestre, com 1,4 milhão de pessoas a mais nessa situação. Em relação ao quarto trimestre de 2015, eram 18,5 milhões nessa condição, o equivalente a um salto de 31,4% ou 5,8 milhões de pessoas a mais nessa situação.
O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego mas estariam disponíveis para trabalhar. Em 2016, a taxa média de subutilização da força de trabalho ficou em 20,9%.
A região Nordeste teve o maior resultado no quarto trimestre, 33,0%, enquanto a menor taxa ocorreu no Sul, 13,4%. Entre os estados, a Bahia atingiu o patamar mais alto da subutilização da força de trabalho (36,2%), sendo o menor em Santa Catarina (9,4%).
SP
A taxa de desocupação no Estado de São Paulo ficou em 12,4% no quarto trimestre do ano passado, de acordo com dados da Pnad Contínua divulgados. Em igual período do ano anterior, a taxa de desemprego em São Paulo estava em 10,1%. No terceiro trimestre de 2016, o resultado foi de 12,8%.
A taxa de desocupação no total do País no quarto trimestre de 2016 foi de 12,0%. O resultado ficou acima da média nacional nas regiões Nordeste (14,4%), Norte (12,7%) e Sudeste (12,3%). Centro-Oeste (10,9%) e Sul (7,7%) tiveram resultados mais baixos.
No Amapá, a taxa de desemprego ficou em 16,8% no quarto trimestre de 2016, a maior taxa entre os Estados. Em Santa Catarina, o resultado foi o mais baixo entre as unidades da federação, de 6,2%. "O avanço lá é bastante expressivo, mas continua com a taxa mais baixa do País", observou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Tempo de procura
Em meio à recessão econômica e deterioração no mercado de trabalho, aumentou o tempo de procura por uma vaga. Entre 11,760 milhões de desempregados no País em 2016, 4,469 milhões estavam na busca por trabalho havia pelo menos um ano, segundo a Pnad Contínua.
O contingente de desempregados que buscavam trabalho há dois anos ou mais era de 2,305 milhões de pessoas, um salto de 52,9% em relação a essa mesma população em 2015.
Outras 2,164 milhões de pessoas buscavam emprego havia pelo menos um ano, mas menos de dois anos, um crescimento de 46,6% nesse contingente em relação ao ano anterior.
Ainda entre os desempregados, 1,205 milhão buscava uma vaga havia menos de um mês, enquanto outros 6,086 milhões estavam na fila por um emprego havia pelo menos um mês, mas menos de um ano. Com informações do Estadão Conteúdo.

Patrícia Poeta está solteira e não mora mais com ex-marido

A apresentadora e o diretor se casaram em julho de 2001



Na última semana repercutiu na imprensa uma notícia sobre o divórcio de Patrícia Poeta e o diretor da Globo Amauri Soares. Na ocasião, a apresentadora chegou a negar a informação.

Porém, de acordo com o colunista Leo Dias, Patrícia já não mora mais com Amauri e o casal estaria separado desde novembro.
O colunista revelou que o diretor está morando com o repórter Paulo Renato Soares, que é parente dele. Já Patrícia ficou com o filho do casal, o adolescente Felipe, de 15 anos.
Questionada pelo colunista, Patrícia voltou a negar a separação. A apresentadora e o diretor se casaram em julho de 2001 e Patrícia sempre se manteve discreta em relação a sua vida pessoal.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Carnaval não é feriado e empregador pode exigir expediente normal

Principal festa popular do país, e considerada uma das maiores do mundo, Carnaval não está na lista dos feriados nacionais.


Carnaval no feriado e empregador pode exigir expediente normal

Todo ano é a mesma dúvida: Carnaval é ou não feriado? Apesar de ser considerada a maior festa popular e cultural do país, o Carnaval não faz parte dos calendários de feriados nacional. Neste período, grande parte das atividades (serviços, indústrias, comércio, bancos e outros) é suspensa.
Duvida? Basta dar uma olhada no site de algumas prefeituras. A data é tida como facultativa, e não feriado oficial. O Carnaval, aliás, é comemorado nos quatro dias que antecedem a Quarta-feira de Cinzas (início da Quaresma) e será celebrado este ano entre os dias 25 e 28 de fevereiro.
A Lei 9093/95 estabelece quais são os feriados nacionais e não inclui o Carnaval. Mas essa mesma lei permite que os municípios fixem feriados "de acordo com a tradição local", em número não superior a quatro por ano”, explica o advogado trabalhista Sérgio Schwartsman, sócio do escritório Lopes da Silva Advogados.
Assim, nos municípios que o Carnaval não for feriado municipal definido em lei, os empregados têm de trabalhar normalmente, sem que deva ser concedida folga compensatória e sem que tenham que ser pagas horas extras.
Já para as cidades em que o Carnaval for feriado local, os empregados que trabalharem nestes dias deverão ter folga compensatória em outro dia da semana. Se isso não ocorrer, deverão receber as horas extras trabalhadas com o acréscimo de pelo menos 100%, ou mais, se isso estiver previsto na convenção coletiva da categoria desse trabalhador.
O sábado e domingo da festa são considerados dias normais. Já a segunda e terça, assim como a Quarta de Cinzas, podem ser ou não definidos como pontos facultativos. Ou seja, no caso de empresas, os dias de trabalho durante o Carnaval seguem o acordado entre os empregadores e funcionários.
Para o advogado Mauricio de Figueiredo Corrêa da Veiga, sócio do Corrêa da Veiga Advogados, a não ser que haja leis estaduais ou municipais que estipulem que esse dia será de folga, fica a critério dos municípios e estados instituir ou não os dias do carnaval como feriados. No Rio de Janeiro, por exemplo, a terça-feira de Carnaval foi declarada feriado estadual por meio da Lei 5243/2008. “O carioca que trabalhar tem direito a receber hora extra, inclusive”, salientou.
Nos demais estados, cabe à empresa que decidir dispensar os funcionários a responsabilidade pelo pagamento de honorários e não pode descontar as horas não trabalhadas. Segundo Corrêa da Veiga, não havendo previsão em lei municipal ou estadual de que as mencionadas datas comemorativas são consideradas feriado, o trabalho nestes dias será permitido, podendo o empregador optar por:
- Exigir que o seu empregado trabalhe normalmente;
- Dispensar seu empregado do trabalho sem prejuízo da remuneração correspondente;
- Combinar com seu empregado para compensar esse dia que ele deixou de trabalhar com um domingo ou feriado que venha trabalhar posteriormente.
Evidentemente para saber exatamente qual (is) dia (s) é(são) feriado (s), é preciso analisar a legislação de cada município, pois estes podem estabelecer o feriado apenas na segunda-feira ou apenas na terça-feira ou em ambos e assim por diante.

Leticia Lima: "Ana Carolina foi a primeira mulher da minha vida"

A atriz disse que considera o namoro com a cantora algo natural e que foi a primeira vez que se sentiu atraída por uma mulher.

A atriz Leticia Lima diz que está muito feliz com a cantora
A atriz Leticia Lima diz que está muito feliz com a cantora


Leticia Lima falou pela primeira vez sobre seu relacionamento com a cantora Ana Carolina em entrevista para a revista VIP. Além de assumir o namoro, a atriz - que é capa de fevereiro da publicação - questiona sobre o que mais precisaria ser dito sobre o assunto. “A gente nunca falou sobre nosso relacionamento, mas também nunca evitou. Estamos sempre no aeroporto, nos lugares públicos. Precisa falar o quê? Sobre algo que é natural?", perguntou Letícia.
Recentemente, as duas deram um selinho no lançamento do livro da cantora, já trocaram declarações nas redes sociais e também já fizeram graça para paparazzi ao serem fotografadas de mãos dadas no aeroporto. Isso sem falar nos posts já feitos nas redes sociais das duas durante viagens.
Para a publicação, a atriz ainda afirmou que está muito feliz ao lado de Ana e conta que foi a primeira vez que se relacionou com uma mulher.
“Estou bem feliz. É meu primeiro relacionamento com mulher. Para mim, é tão normal, tão natural que não tem nem o que falar sobre isso. Me senti atraída e só não hesitei, não fiz nada, deixei acontecer. Não teve uma grande questão. Foi a primeira vez que me senti atraída por uma mulher”, afirmou ela, que posou sensual com uma lingerie transparente para o recheio da revista.
Fonte: Ego

Chapecoense será processada por famílias de jornalistas

Clube avalia que o ideal seria a união entre as partes para 'brigar com seguradoras, companhia aérea e governo boliviano.


O advogado João Tancredo, que defende as famílias de sete jornalistas vítimas de tragédia aérea com o voo da Chapecoense, vai processar o clube. Segundo ele, o time teria responsabilidade, apesar de não ser culpado pela queda do avião que matou 71 pessoas.

"A Chapecoense terá que ser processada. Foi o clube que fretou a aeronave e fez o contrato com a empresa aérea. O clube tem responsabilidade sobre o transportado, ela teria que deixá-lo em seu destino", disse o advogado, que tem entre clientes as famílias do jornalista Guilherme Marques e do produtor Guilherme Van der Lars, da TV Globo.
Tancredo disse que pediu à Justiça o contrato do clube com a LaMia. "Quero saber quem ficou responsável pela indenização, em casos de acidente. Teria que ter sido feita uma apólice de seguro em nome dos passageiros. Ela é obrigatória."
O vice-diretor jurídico da Chapecoense, Luiz Antônio Palaoro, defendeu que as famílias unam forças contra os responsáveis pelo acidente. "O advogado está no direito de fazer o que quiser. Mas não somos responsáveis; somos vítimas. O ideal é nos unirmos para brigar com seguradoras, companhia aérea e com o governo boliviano."
Segundo Palaoro, uma reunião com a seguradora estava marcada para terça-feira na Bolívia, com a intenção de discutir as indenizações, mas o encontro deve ser adiado porque a companhia não teria tido tempo hábil para analisar os documentos enviados pela Chapecoense. "O clube ofereceu levar os jornalistas porque havia assentos vagos, mas ninguém foi obrigado a entrar no voo", disse. "As pessoas que entrarem contra o clube terão caminho mais tortuoso", concluiu. Com informações do Estadão Conteúdo. 

A Uber e a ilegalidade da devolução de valores descontados por meio de crédito para ser usado em viagens futuras

Direito do Consumidor


A Uber e a ilegalidade da devoluo de valores descontados por meio de crdito para ser usado em viagens futuras

A Uber e a ilegalidade da devolução de valores descontados por meio de crédito para ser usado em viagens futuras.
O bom serviço prestado pela empresa Uber e a cobrança de valores mais módicos, vem atraindo cada vez mais usuários para a plataforma.
Contudo, quando o valor cobrado em uma viagem é contestado, a Uber devolve a quantia cobrada a maior, através de crédito para o uso futuro do serviço. É aí que mora a ilegalidade!
Em muitas reclamações, a empresa, com o intuito de manter seus usuários satisfeitos, apenas gera um crédito de determinada quantia na conta do usuário, sem, em muitas vezes, sequer averiguar se a reclamação tem procedência.
Essa atitude da Uber se estende a situações em que a empresa de fato cometeu um equívoco, como na cobrança de uma corrida que não aconteceu, por exemplo.
Nesses casos, a empresa tem o dever, caso o consumidor queira, de fazer a restituição dos valores cobrados de forma indevida e não condicioná-lo a um novo uso do serviço.
O Código do Consumidor proíbe esse tipo de atitude das empresas, de modo que o consumidor tem o direito de receber de volta os valores cobrados indevidamente.
Com isso, caso tenha sofrido descontos indevidos em corridas e a empresa lhe devolveu em créditos para utilização futura, exija a devolução dos valores em dinheiro na sua conta bancária ou o estorno da fatura do seu cartão de crédito.

EXCLUSIVO: Carlo Ancelotti abre o jogo sobre Bayern, Guardiola, Conte, Ronaldo, egos e... ursos

Gabriele Marcotti, de Doha, do ESPNFC.com*Ancelotti
É janeiro, e o treinador italiano de um time alemão armado com jogadores de nove países diferentes está sentado na varanda de um hotel suíço, no Catar, falando sobre seus clubes passados na França, Espanha e Inglaterra, além de coisas mais esotéricas, como o restaurante japonês que ele vai levar a equipe naquela noite, ou como fazer um salmão do Pacífico, ou ainda sobre os ursos que encontrou no Canadá

Globalização, né?
Esses ursos em particular, Coola e Grinder, pesam cerca de 1 tonelada juntos e vivem em Grouse Mountain, próximo a Vancouver, onde Carlo Ancelotti passou boa parte da temporada 2015-2016.
"Eles dormem no final do outono, em uma hibernação especial, e só acordam na primavera", diz Ancelotti. "Os seus metabolismos desaceleram, seus padrões diários mudam e eles apenas adormecem! E quando acordam novamente, viram a notícia de primeira página nos jornais locais!", completa, abismado, com a animação de um garotinho empolgadíssimo para falar sobre algo muito legal que aprendeu na escola naquele dia.
Quase lembra a cena do Tony Soprano alimentado patos.
Esse senso de admiração está muito vivo em Ancelotti, mesmo após quase 1.500 jogos como jogador e técnico. Isso ressurgiria várias vezes durante uma longa conversa em Doha, onde o Bayern estava treinando no inverno.
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Ancelotti, Bayern, 2016
Ancelotti em sua chegada ao Bayern
Às vezes, seu rosto se ilumina ao falar sobre os grandes jogadores que ele trabalhou ou viu, locais que ele visitou e pessoas que conheceu. E, certa vez, quando os 60 membros da expedição do Bayern (incluindo chefs, assistentes e segurança) passeavam pelo CT do time, a maravilha se materializava e logo se tornava melancólica.
"Eles estão se preparando para o jogo entre o pessoal desta tarde", diz ele. "Eu quero muito jogar. Mas não posso. Meus joelhos já eram. Totalmente destruídos."
Talvez esta tenha sido a única vez, em várias horas de conversa, em que Ancelotti ficou triste.
  • Guardiola
Ele substituiu talvez o treinador mais cobiçado no mundo futebolístico quando concordou em assumir o Bayern de Munique, uma pessoa que ganhou a Bundesliga três vezes em três temporadas.
Mas Pep Guardiola é mais que isso. Ele se encontra naquele seleto grupo de treinadores que não apenas produziu resultados, mas também recebeu o crédito de mudar o jogo e o nosso pensamento sobre ele. Parecido com o mentor de futebol de Ancelotti, Arrigo Sacchi, há 30 anos.


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Ancelotti fala de relação com Tite, elogia Kaká e opina sobre Messi x Cristiano Ronaldo
"Acho que, na verdade, é mais difícil vir para um clube em que tudo está bem e todos estão felizes", diz Ancelotti. "Quando você assume o lugar de alguém que foi demitido porque as coisas não estavam bem, é algo mais direto. Todos, desde os jogadores até os diretores do clube, esperam mudança. E é fundamental que você já entre fazendo mudanças. Além disso, as pessoas serão mais pacientes, pois reconstruir um time leva tempo".
"Então não é apenas substituir o Pep", ele acrescenta. "É saber o que mudar e ajustar. É uma questão de detalhes. E entender que você não necessariamente muda as coisas por achar que elas estão erradas ou você acha que elas podem ser melhoradas. Mas mudar os detalhes para ajustar-se ao seu método de trabalho. Não é fácil, pois este time já tinha uma identidade muito clara com o Pep."
Mesmo para uma pessoa como Ancelotti - instruído no jogo de pressão de Sacchi, mas também o arquiteto de uma parte do Milan campeão da Champions League com jogadores como Andrea Pirlo, Rui Costa e Clarence Seedorf (e, portanto, não averso ao jogo de posse de bola) -, identificar e executar as mudanças não tem sido um trabalho rápido.
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Ancelotti substituiu Guardiola no Bayern de Munique
Ancelotti substituiu Guardiola no Bayern de Munique
É como um piloto cuja equipe montou um carro quase perfeito. Quando for o momento de substituí-lo, será preciso saber quais as alterações precisam ser feitas para se adaptar ao novo piloto em termos de estilo, tamanho e preferências, mas sem desacelerar demais o carro.
"A principal mudança é que pressionemos um pouco mais, intermitentemente, e tentemos jogar de maneira mais direta e vertical," diz Ancelotti. "Está demorando um pouco, mas me sinto encorajado pela reação dos jogadores. Acho que o desafio de ganhar de uma nova maneira e com uma nova abordagem os está motivando. Eles receberam isso muito bem."
Sacchi treinou Ancelotti quanto aos caminhos onde existe um jogo de pressão, e ele venceu duas Champions League dessa forma. Mas deve ser estranho ver tantos lados, principalmente na Alemanha, pressionando com tanta intensidade, muito semelhante ao que Guardiola fez com o Bayern no ano passado.
"Veja, esse sistema de defesa é excelente, mas não é algo que você pode fazer por 90 minutos, eu acho", diz ele. "Eu acredito que só vale a pena fazer isso quando você está na posição certa para fazê-lo, caso contrário, você estará vulnerável, e a defesa, fora de posição. E, na verdade, hoje é muito mais difícil de fazer do que no passado, devido à regra de jogo ter mudado. Você não pode confiar na linha de impedimento como você fazia antes."
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Carlo Ancelotti, Pep Guardiola, Bayern, 2014
Ancelotti e Guardiola em encontro em 2014
De alguma forma, Guardiola está enfrentando desafios semelhantes no Manchester City. Em 22 jogos da Premier League, ele já sofreu 5 derrotas, tantas quanto ele enfrentou em suas 66 primeiras partidas no Bayern.
"Mas ele tem diferentes jogadores agora, e as pessoas por vezes subestimam o que isso significa", diz Ancelotti. "Qualquer problema que ele possa ter, eu penso que decorre da adaptação de trabalhar com pessoas com as quais ele nunca trabalhou antes. Fazê-los entender e aceitar a maneira como ele pensa e chegar ao ponto onde eles possam se beneficiar de forma completa de sua abordagem... Isso leva tempo."
"Acho que esse é muito mais do que um problema que ele terá que enfrentar para se adaptar à Premier League", ele acrescenta. "Para se beneficiar de Guardiola, os jogadores têm de se adaptar a ele. E é a mesma coisa para mim aqui no Bayern. Os jogadores têm de se habituar a mim e isso tem, por vezes, um preço. Quando me lembro dos objetivos que tivemos de abrir mão nesse meio tempo... por que, isso é suficiente para te deixar louco."
  • Conte
Ancelotti não compra a ideia que o futebol inglês é algum tipo de animal raro, que requer um longo período de adaptação. Os números asseguram o seu argumento: dos seis técnicos estrangeiros que ganharam a Premier League, quatro - incluindo Ancelotti -- o fizeram em sua primeira temporada completa no novo cargo.
O técnico no topo da Premier League agora, Antonio Conte, também é um estreante. Alguns técnicos, obviamente, se adaptam mais facilmente que outros. Mas, sempre, se trata de os jogadores se acostumarem com o novo chefe, e não o contrário.


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Hofman mostra como Ancelotti corrigiu desequilíbrio do Bayern de Munique diante do Darmstadt
Dito isso, quando você voltar a pensar no que Guardiola disse após a derrota do Manchester City em dezembro em Leicester - "A coisa principal no futebol inglês está em controlar a segunda bola. Sem isso, você não sobreviverá" -, você se pergunta se é tão simples assim. A segunda bola se torna de uma importância crucial quando uma equipe decide pressionar, principalmente quando eles fazem isso tanto quanto os que estão ao lado de Guardiola.
"A fórmula para vencer a pressão é simples, é a execução dela que é difícil", explica Ancelotti. "Se você tiver a qualidade para fazê-lo, você terá sucesso. E se você não o fizer, apenas chute para a rede. E então ele se torna um jogo de ganhar 'segundas bolas'. Os clubes ingleses, certamente, escreveram as regras disso, têm a mentalidade e a capacidade de ir e ganhar as segundas bolas."

Guardiola ocupou as manchetes, recentemente, quando disse que ele tem uma maior satisfação no desempenho do que nos resultados.
  • Tática, técnica
"O resultado é uma coisa vazia; o resultado é que estou feliz pelos próximos dois dias, recebo menos críticas e mais tempo para melhorar o meu time", disse à NBC Sports. "Mas o que mais me satisfaz no meu trabalho é sentir emoção com a maneira com que jogamos... o processo é tudo."
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Carlo Ancelotti conversa com os jogadores do Bayern de Munique em treino
Ancelotti conversa com os jogadores do Bayern em treino
Esta é uma afirmação que não deixa dúvidas de onde ele se encontra no espectro de técnicos que valorizam resultados mais do que a forma como eles foram alcançados.
Ancelotti concorda.
"Sim, ele está certo", diz. "E vou ainda mais longe. A única coisa que um técnico não consegue controlar é o resultado. Quando se trata de nossos clubes, quando você chega a um certo nível, nós possuímos controle, quase que total. Mas este é um esporte imprevisível; é um esporte de baixa pontuação, onde lances individuais têm uma influência imensa. E um técnico não tem como controlar isso. Existem técnicos bons e ruins, certamente, mas ninguém pode controlar o imprevisível. Tudo o que você pode fazer é dar a si mesmo uma melhor chance de sucesso e que o faça por meio de bom trabalho e desempenho. Evidentemente, bons desempenhos são correlacionados com bons resultados, mas apenas a longo prazo, não em um mês de jogos e, por vezes, nem em uma temporada."
Ancelotti sabe bem sobre tudo isso. Ele perdeu um título italiano na Juventus quando o seu time foi derrotado por uma equipe que não tinha nada a mostrar, no meio de um temporal, no último dia da temporada. Ele perdeu ainda outro na temporada seguinte quando Edwin Van der Sar não segurou o chute de Hidetoshi Nakata, permitindo à Roma empatar um jogo "ganho".
E então, evidentemente, houve a derrota do Milan em 2005 para o Liverpool em Istambul. Ele escreveu em sua biografia que, das quatro finais da Champions League em que ele participou, aquela foi, de longe, a melhor performance da sua equipe. E ela terminou com corações partidos, naquela que foi a maior reviravolta da história.
Isso funciona bem da forma inversa também. Se Sergio Ramos salta uma fração de segundo mais cedo ou mais tarde ou meia polegada para qualquer dos lados, então não existiria nenhuma "La Décima" para o Real Madrid em 2013-2014. E se a bandeira do auxiliar não ficasse abaixada no Manchester United em 2009-2010, Ancelotti não ganharia a Premier League pelo Chelsea.
"Essa é a ironia, porém, não é?" diz ele. "Como técnico, você é avaliado em termos de resultados e não sobre o trabalho que você faz e o desempenho da sua equipe. Imagine pagar a um sujeito uma enorme quantidade de dinheiro e depois não lhe julgar sobre as coisas que ele pode controlar, mas sobre aquelas que ele não pode."


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Ribéry, Rafinha e Alaba se disfarçam e saem para jogar pelada em quadra pública de Munique   
Ancelotti é muito claro sobre o fato de que os técnicos ganham o seu salário sobre o treino no campo e, uma vez que os jogadores já não estão ali, está fora das suas mãos. Você lembra do Arqueiro em "Sobre as Crianças," um poema de Khalil Gibran: Você pode apontar o mais estável dos arcos, mas uma vez que você deixa a flecha ir, ele está fora de suas mãos.
"O fato é que, em dias de jogo, há muito pouco que um técnico possa fazer", diz Ancelotti. "Você faz o seu trabalho durante a semana. Mesmo antes de um jogo, pode haver ainda algo a ser dito. Como fazer uma leitura do jogo e aplicar alguns ajustes... Eu não sei ao certo. Primeiro de tudo é que você não consegue ver bem o jogo ali do banco. Quando eu assisto ao replay do jogo, posso perceber várias coisas que não conseguia ver durante a partida, por que ali estava em uma posição diferente. E mesmo assim, várias mudanças que o técnico vai fazer fazem parte do senso comum, reproduzindo as porcentagens. Ou coisas que você já tinha planejado à frente, com base em situações de jogo.".
Quando um técnico pode fazer a diferença é na preparação da equipe, dar táticas a serem usadas e uma identidade futebolística. A herança de Ancelotti veio dos preceitos de Guardiola, que envolvem geralmente a organização tática e o posicionamento na defesa e meio-campo e maior liberdade na terceira parte do campo, como explicado por Thierry Henry, que jogou para Guardiola no Barcelona.
"Não há dúvida de que Guardiola dá muita liberdade para os jogadores no ataque," diz Ancelotti. "Isso é algo que estou tentando manter. A diferença talvez seja quando não temos a bola e na criação."
É uma filosofia levemente diferente daquela defendida por seu compatriota Conte. O técnico do Chelsea declarou que, falando do ponto de vista de alguém que foi um volante durão, os esquemas táticos ajudam os medianos. A razão: esse tipo de jogador não precisa pensar muito, ele sabe onde o companheiro vai estar e, por isso, não se atrapalha. Assim pode ter mais tempo e energia para controlar e passar a bola.
"Acho que é verdade, mas vale para a defesa e o meio-campo," diz Ancelotti. "Essas são áreas onde você pode trabalhar o esquema e confiar em táticas e repetição, por que geralmente temos uma vantagem numérica nessas partes do campo. Por isso, se o time está organizado, até um jogador comum pode jogar bem, por que ele vai ter opções e vai saber onde estão e como encontrar os companheiros. Mas, na última parte do campo, tudo muda. É quando você precisa da criatividade e da liberdade. Sem elas, só vai conseguir uma posse de bola inútil. Especialmente se a defesa adversária estiver organizada e atenta."
Na terceira parte, na hora de criar e finalizar, o talento nato cria coisas inesperadas. E isso fura os esquemas. Esse é o conselho que Ancelotti daria para si mesmo quando jovem, se pudesse.
  • Egos
"Acho que sou muito mais pragmático e flexível hoje do que era no passado," diz. "Antes de me fixar em uma certa filosofia, fui muito influenciado por Sacchi e pensava que sua versão do 4-4-2 era a fórmula vencedora. Quando estava no Parma, o clube quase contratou Roberto Baggio. Eu vetei, por que ele não se encaixava no meu esquema. Hoje eu sei que não existe uma fórmula vencedora. Existem várias. Se um clube me trouxer um Roberto Baggio hoje, pode acreditar que eu vou encontrar um lugar para ele no time."
De fato, Baggio marcou 23 gols na temporada 1997-1998 pelo Bologna, enquanto Ancelotti caiu no fim do ano. Baggio foi vetado por que queria jogar no meio e ter a titularidade garantida. Ancelotti aprende rápido. No seu seguinte emprego, na Juventus, se deparou com Zinedine Zidane, que também queria jogar pelo meio e nem cogitava ficar no banco. E assim fez o treinador.
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Carlo Ancelotti observa os jogadores do Real Madrid em treinamento
Carlo Ancelotti em treinamento do Real Madrid
Independentemente da forma que escolhe para trabalhar, uma qualidade torna as coisas muito mais fáceis para o treinador: impor respeito. Não importa como. Sir Alex Ferguson dizia que era importante para o treinador ter o maior salário do clube, porque isso mostrava que a diretoria o valorizava.
"Não acho que hoje seja concebível que um técnico ganhe mais do que os jogadores," diz Ancelotti. "E talvez isso seja o certo. A verdade é que os jogadores são mais importantes que o técnico. As pessoas não vêm assistir ao Bayern por minha causa, vêm ver [Robert] Lewandowski ou [Arturo] Vidal ou simplesmente vêm porque são torcedores e este é o clube deles."
Temos a impressão que, como a maioria dos jogadores dos clubes grandes são todos milionários, muitas vezes eles não se importam com os salários, fora aqueles que chamamos de mercenários. Mas não é o caso.
"Claro que os jogadores sabem quanto ganham e quanto ganham os companheiros", diz Ancelotti. "Muitos deles usam isso como medida. Não é coincidência que muitos clubes sejam cautelosos com isso, fazem tudo para evitar diferenças e desequilíbrios. Às vezes, é fácil, é normal que [Cristiano] Ronaldo ou [Lionel] Messi ganhem mais do que outros que não são Ronaldo ou Messi. O problema acontece em outras situações. Como manter o equilíbrio?".

Atualmente, os jogadores de futebol vivem em uma outra realidade. Um contrato pode garantir o futuro de várias gerações. Mesmo assim, ainda existe orgulho e amor à camisa. Eles nasceram para competir.
"[Motivar] os jogadores nunca foi um problema para mim, especialmente nos tipos de clubes que treinei," diz Ancelotti. "Caras como Xabi Alonso e Pepe, só para citar alguns, querem ganhar de todo jeito, então eles nunca estão satisfeitos, nunca se acomodam e sempre querem mais."
  • Ronaldo
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Ancelotti confia no Real Madrid de Cristiano Ronaldo
Ancelotti afirmou que Cristiano Ronaldo tinha uma fome insaciável
"Obviamente, o maior exemplo disso é o (Cristiano) Ronaldo", ele completa. "A fome dele nunca acaba. Me disseram que ele já era assim antes de eu chegar ao Real Madrid. Mas você não percebe o quanto ele é dedicado até trabalhar com ele. Ele é muito profissional e dá o máximo como todo mundo faz lá. Cuida de cada detalhe, da dieta ao repouso, para que tudo esteja perfeito. Quando lembro dos meus tempos de jogador, não dá para comparar. Os jogadores de hoje, no geral, são muito mais profissionais. Mas o Ronaldo está em outro nível."
  • Bayern
A chegada ao Bayern significou a descoberta de vários novos jogadores, já que, fora Xabi Alonso, ninguém do elenco havia sido treinado por Ancelotti. Ouvir o italiano falando de seus atletas com os olhos arregalados é como ouvir a um garoto que ainda está empolgado com seu presente de Natal no fim de janeiro, por que ainda está descobrindo novas formas de brincar.
"Para mim, [David Alaba] é um excelente zagueiro", diz. "Mesmo não jogando sempre por ali, ele tem todas as condições de fazer isso. Ele é excelente no 'bote', quando os zagueiros ficam esperando os adversários chegarem com a bola dominada, Além disso, sabe fazer a defesa ativa, quando você avança, recua e se posiciona, dependendo da situação. A maioria dos jogadores se dá melhor com uma das duas coisas. Ele não. É excelente nas duas;"
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Ancelotti, Bayern, 2016
Ancelotti encontrou um "time novo" no Bayern
Outro destaque é Philipp Lahm, com 33 anos e quase 750 jogos oficiais pelo clube e pela seleção. Algumas pessoas acham que o Bayern deve começar a planejar o futuro sem ele, mas não é essa a opinião do treinador.
"Lahm não está em fim de carreira", bradou Ancelotti, levantando um pouco a voz. "Não mesmo. Acho que o que acontece quando os jogadores ficam mais velhos é que o grande número de jogos pode trazer problemas em termos de consistência. Por isso, a ênfase fica na qualidade e não na quantidade. Talvez ele só jogue alguns jogos, as decisões, onde ele pode fazer a diferença. Ou talvez em algumas partidas ele jogue no meio-campo e não na lateral, uma posição que não exige tanto do físico. Mas não tenho dúvida de que ele pode jogar em alto nível por muito tempo."
Ancelotti deve ter visto mais de 1 mil jogadores em sua carreira de jogador e treinador. Depois de 40 anos no futebol, você já não espera surpresas, não espera atletas que sejam muito diferentes. Mas ele encontrou Thomas Muller.
"Ele é diferente por que é um grande atacante com um conjunto de habilidades totalmente heterodoxas", diz Ancelotti. "Esperamos que um atacante seja ótimo fisicamente, com técnica e criatividade. Esse não é o seu forte, ele é ótimo taticamente. Ele sabe ler o jogo e tem a capacidade de estar no lugar certo na hora certa. Geralmente não associamos esse tipo de inteligência tática aos atacantes, certamente não a esse nível. Às vezes, vemos isso em zagueiros e meio-campistas. Mas, nos atacantes, é muito raro."
"Quando um técnico vê que um novato tem essas qualidades táticas, ele geralmente coloca o garoto na defesa ou no meio-campo, por que ali essas qualidades são mais importantes", diz. "Com o Muller, acho que isso nunca aconteceu. Ele jogava lá na frente e ficou por lá."
E isso abre um potencial ainda não explorado. A questão é saber como utilizá-lo melhor.
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Müller fez o primeiro dele na temporada da Bundesliga
O reposicionamento de Müller foi questionado
"Eu sei que isso é um clichê, mas ele pode mesmo jogar em qualquer posição", diz Ancelotti. "Muller vai fazer do jeito dele e vai reinventar a posição. Engraçado, me criticaram na Alemanha por ter colocado ele para jogar aberto. A imprensa disse 'Ah, ele não é um ponta!'. Sério? Eu não sou idiota. Sei que ele não vai ser um ponta tipo Arjen Robben ou Douglas Costa. Nem vou pedir para ele imitar um dos dois. O que ele pode fazer é usar sua inteligência para encontrar o posicionamento correto no gramado, caindo pela ponta. Isso cria espaços e ajuda o time."
É óbvio que Ancelotti gosta de Muller, que, depois de uma Euro-2016 ruim, começou a temporada 2016-2017 sem brilho, com apenas quatro gols em todas as competições até agora. Neste mesmo período do ano passado, ele tinha 21 gols. Mas seu técnico não liga.
"Não estou preocupado", garante. "Ele é muito forte mentalmente. É um vencedor, nunca fica deprimido, está sempre positivo e confiante no que faz. E sabe rir de si mesmo também."
Muller é apenas um dos jogadores que pode determinar se Ancelotti terá sucesso no Bayern. O recorde doméstico de três títulos da Bundesliga obtido por Guardiola no mesmo número de anos não pode ser melhorado, apenas igualado. O grande objetivo, no entanto, é a Champions League, assim como era no Real Madrid.
Nenhum treinador venceu mais vezes e, mesmo assim, se você prestou atenção no que escrevemos antes, sabe que Ancelotti é o primeiro a reconhecer que nenhum técnico, por melhor que seja, pode garantir resultados. Ainda mais em uma competição eliminatória.
A única certeza é que Ancelotti vai se divertir tentando. Pois poucos seres são tão felizes no seu trabalho e na sua rotina. Como Coola e Grinder na webcam.
*Gabriele Marcotti é repórter e analista do ESPN FC. Edição de Antônio Strini. O texto original, em inglês, pode ser lido em "Carlo Ancelotti talks Bayern, Ronaldo, player egos and ... bears".

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