quarta-feira, 18 de agosto de 2010

17-08-2010 - Biografia do dia


Janis Lyn Joplin

(Cantora norte-americana )

1943 - 1970


Cantora norte-americana nascida em Port Arthur, uma cidade conservadora e racista do Texas, tinha apenas 20 anos de idade quando gravou What Good Can Drinking Do - um de seus grandes sucessos, e chamada a cantora branca de voz negra, que marcou para sempre a história do blues.


Já na infância costumava fugir de casa, em busca de um novo estilo de vida em New Orleans e na Califórnia. Como estudante, fez bicos trabalhando de garçonete, auxiliar der biblioteca e secretária, mas seu estilo de vida acabou tornou-se cada vez mais desenfreado, incluindo o consumo de álcool e drogas.


O sucesso feminino no rock dos anos 60, em geral, era de curta duração, mas ela foi uma das poucas exceções e com sua voz rouca e eletrizante, tornou-se uma estrela de brilho duradouro. O encontro com a cantora de blues e folk music Odetta (1960), representou o impulso decisivo para sua futura carreira. Deixou para sempre sua cidade natal (1966) e foi para São Francisco, onde fez suas primeiras apresentações, com o grupo Big Brother & The Holding Company.


Foi com esta banda que também gravou seu álbum de estréia. Explodiu de vez diante de 50 mil pessoas, no festival Monterey Pop (1967), o primeiro grande festival ao ar livre da história do rock. Seu ídolo, porém, foi Bessie Smith. Durante um certo período, a cantora abandonou as drogas, mas continuou bebendo. Apesar de seu grande sucesso, lançou seu segundo LP, Cheap Thrills (1968).


Marcada por complexos, suas relações amorosas não passavam de “casos” breves e na tentativa de fugir de seus problemas pessoais, começou a consumir heroína. Somente com um novo grupo, o Fult Tilt Boogie Band, pisou novamente terra firme, o que a motivou a largar a heroína. Em compensação, passou a beber ainda mais. Levava sua bebida preferida - Southern Comfort - até para os palcos. Viajou para a Europa pela primeira vez (1969) e no ano seguinte, gravou seu último disco, Pearls, com canções clássicas como Mercedes Benz, Move Over e Me And Bobbie McGhee, que se tornaram o distintivo da cantora para as gerações posteriores.


Antes de ser concluída a produção de Pearls, morreu na madrugada de 3 para 4 de outubro (1970) de overdose de heroína, no Hotel Landmark, em Los Angeles, e Pearls saiu com duas faixas a menos do que o previsto. Seu nome consta da lista dos chamados mortos honoráveis do rock e imortais dos anos 60, ao lado de Jimi Hendrix e Jim Morrison, que fizeram sucesso com a mistura de blues e rock e que morreram todos muito jovens e de overdose.


Na sua última carta aos pais, escreveu: “Conheci um homem realmente bom no Rio. Mas tive de voltar para o trabalho. E ele agora se encontra em algum lugar do mundo. Na África, em Marrocos, acredito. O sujeito foi tão bom comigo, mãe. Ele quer voltar e me casar. Papai: muito obrigado pelos livros, que você me deu, quando eu era criança. Isso significa muito para mim. Amo vocês”.

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