domingo, 12 de fevereiro de 2012

Sinal vermelho no comércio com México e Argentina

Brasil perde na balança comercial de veículos com os dois países

Redação AB, com informações da Agência Estado e Anfavea

Enquanto o governo procurava encontrar o caminho para renegociar o acordo automotivo com o México, que se tornou desfavorável ao Brasil, com o crescimento das importações de veículos, o ministro Fernando Pimentel, do MDIC, tratava de garantir, na sexta-feira, 3, que não existe crise nas relações com a Argentina, apesar do aumento da medida de controle de importações naquele país, que entraram em vigor neste mês. "As exigências que o governo argentino está implantando são vistas pelos empresários brasileiros como um dificultador do comércio entre os dois países. Temos de aguardar a entrada em vigor dessas medidas e ver se terão impacto negativo no comércio ou não", disse.

Os importadores argentinos não só terão de apresentar declaração juramentada à Receita Federal antes de realizar uma compra como também enviar uma nota de pedido, por e-mail, ao secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, indicando todos os detalhes da importação desejada. A Câmara de Importadores da República Argentina (Cira) disse à Agência Estado que as importações só poderão ser realizadas após aprovação da declaração e do e-mail.

BALANÇA COM A ARGENTINA

Dados da Anfavea, colhidos junto à Secex, SPI e MDIC, apontam que em 2011 o País exportou US$ 5,403 bilhões em autoveículos à Argentina e importou US$ 6,142 bilhões, com saldo negativo de US$ 739 milhões. Na área de autopeças o Brasil obteve saldo de US$ 2,266 bilhões, com importações de 1,379 bilhão e exportações de US$ 4,645 bilhões. O País levou vantagem também no comércio de chassis, carrocerias, reboques e máquinas agrícolas e rodoviárias, com saldo de US$ 548 milhões, para exportações de US$ 656 milhões e compras de US$ 108 milhões.

No balanço geral dos três segmentos, o Brasil registrou saldo de US$ 3,075 bilhões na balança comercial de 2011.

Computados os resultados acumulados em doze anos, de 2000 ao final de 2011, o Brasil ficou com saldo negativo de US$ 1,438 bilhão no segmento de autoveículos, saldo positivo de US$ 11,386 bilhões em autopeças e US$ 4,545 para chassis, carrocerias, reboques e máquinas agrícolas e rodoviárias. No total geral, o Brasil teve saldo favorável de US$ 14,493 bilhões no período.

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