Mais de 16 carros por dia são roubados ou furtados no Estado. Os cálculos foram feitos com base no número de ocorrências registradas no ano de 2015. Foram 6.031 casos, o que equivale a taxa de 343,2 veículos, a cada 100 mil, que foram alvos de bandidos.
Os dados foram levantados pelo 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Elas indicam, segundo o diretor-presidente do fórum, Renato Sérgio de Lima, a necessidade de se fortalecer as capacidades de investigação da polícia e o combate a este tipo de crime. “O roubo e o furto de veículos, muitas vezes, acabam por financiar organizações criminosas envolvidas com tráfico e outros delitos mais graves”, destaca.
Mas as estatísticas também revelam que, em relação ao ano de 2014, houve uma queda nestes tipos de crimes. No ano passado foram registrados 768 furtos e roubos de carro a menos do que em 2014.
Outro dado é que, dentre as 27 unidades da federação, o Espírito Santo ocupa a 15ª posição na soma destes dois tipos de crime (furto e roubo). Quando se avalia a taxa - número de carros alvos dos bandidos em relação a 100 mil veículos, a taxa estadual, no ano de 2015 é de 343,2. É a quarta menor do país.
De acordo com o professor de sociologia Ignácio Cano, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), o roubo e o furto de veículos são crimes que geram temor na população. “Sobretudo o roubo, porque envolve arma e ameaça”, explica. Ele é membro do Fórum.
Mas a situação do Espírito Santo, pontua Ignácio Cano, não está ruim se comparado com a de outros Estados. São Paulo, por exemplo, é aquele com o maior número absoluto de roubos e furtos: foram 189,4 mil veículos perdidos ao longo de 2015.
O professor compara a situação com outro tipo de crime, os homicídios. “O Espírito Santo possui uma das mais altas taxas de homicídio, mas em relação aos carros, a taxa é uma das menores, o que é muito positivo”, diz, lembrando que homicídios e roubo/furto de carros costumam estar associadas ao crime organizado.
Até o fechamento desta edição a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) não respondeu aos questionamento da nossa equipe de reportagem.
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