quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Implicado na morte da neta, o advogado Antônio Nardoni dificilmente será submetido a júri

Pai de Alexandre Nardoni poderá responder pelo crime de homicídio, mas não na modalidade dolosa.


Uma mulher que pediu para não ser identificada disse ao Ministério Público que o advogado Antônio Nardoni pode ter participado do assassinato da neta, Isabella Nardoni, de cinco anos, em 2008. A testemunha, que trabalha no sistema penitenciário de São Paulo, afirma que soube da suposta participação pela própria Anna Jatobá, mulher de Alexandre Nardoni, presos há seis anos pelo homicídio.
O advogado teria orientado o casal por telefone, sugerindo a simulação de um acidente. Foi então que Alexandre decidiu jogar o corpo pela janela do apartamento, relatando às autoridades que alguém teria jogado a menina do sexto andar quando ele estava na garagem do prédio. Isabella ainda estava viva, mas não resistiu à queda. Nunca foi encontrado qualquer indício da presença de um terceiro na cena do crime. Ficou comprovado, no entanto, que os Nardoni ligaram para o avô de Isabella antes de telefonar para a emergência.
Em entrevista que foi ao ar ontem no “Fantástico” (assista AQUI), a testemunha diz que Jatobá “bateu na menina porque a menina não parava de ‘encher o saco’, que não era para ser tão grave”. Segundo a testemunha, Anna negou que tivesse estrangulado Isabella. “Ele [Alexandre] colocou a menina no chão, acreditando que a menina estivesse morta, enquanto ela [Anna] ligava para o sogro”. Ao saber que a nora havia matado a menina ele teria dito: "Simula um acidente, senão vocês vão ser presos!".
Se confirmada a participação de Antônio Nardoni, o advogado responderá por homicídio – na modalidade culposa, caso realmente acreditasse que a menina já estivesse morta – ficando desmentida de vez a inocência que o casal ainda sustenta. Caso Anna não tivesse confessado o crime ao sogro, este não teria motivo para protegê-los e simular um acidente.

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