quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Quantos crimes você já presenciou?


Será que a criminalidade realmente está tão grande ou será que compramos a sensação de insegurança que é vendida pelo Es

Publicado por Pedro Magalhães Ganem
Ninguém duvida que vivemos uma grave crise de violência X segurança.
Logo, todos sabem que o mundo de hoje está muito perigoso.
Assaltos dos mais variados (com arma, sem arma, com agente, com vários agentes, com violência “além do normal”, com “pouca violência"), tiroteiosbalas perdidas,sequestros relâmpagoshomicídiossaidinha de bancoroubo de carro no sinal/semáforo/farol, …
Quantos crimes voc j presenciou
Mas será que realmente vivemos todo esse caos ou acreditamos que o problema é muito maior do que ele realmente é?
“Como assim, Pedro? Tá ficando doido? Por acaso você não lê/vê jornais/telejornais? São muitos crimes!”
Calma! Antes de conclusões precipitadas, deixe que eu me explique melhor.
Quando ligamos a TV e colocamos no programa regional ou até mesmo nacional (pode ser o da manhã, o da tarde ou o da noite), logo vemos uma série de crimes praticados na respectiva região.
Por exemplo, no ESTV (programa da Rede Gazeta, filiada à Rede Globo), que passa aqui no Espírito Santo, serão veiculadas várias notícias sobres os crimes que ocorreram no Estado.
Assim, vemos uma sequência de 05 ou 06 crimes e imaginamos que esses crimes foram praticados na porta da nossa casa e que basta cruzar a porta de saída da residência que seremos vitimados.
Só que não paramos para pensar que os crimes noticiados ocorreram em todo um Estado ou em todo um País.
Quer ver só como as coisas não são assim como imaginamos?
Quantas vezes você presenciou um crime? Mas tem que ter presenciado. Não vale ter ouvido falar, ou ter acontecido com um conhecido.
Você já foi vítima de algum crime (tirando aqueles que o Estado diariamente comete)? Já foi assaltadoJá viu algum acontecer?
Não sei quanto a vocês, mas eu NUNCA presenciei e/ou fui vítima de um crime.
E olha que eu não sou daqueles que viveram trancafiados dentro de um apartamento a vida toda e não tem ideia de como é o mundo “lá fora”. Eu moro “lá fora”.
Tenho cerca de 30 anos; andei de transporte público durante toda a fase escolar e início profissional (mais de 15 anos de ônibus); moro na periferia, em uma das cidades mais violentas do meu Estado e do país (Cariacica é a 22ª cidade mais violenta do Brasil); trabalho na cidade mais violenta do meu Estado (Serra é a 10ª cidade mais violenta do Brasil);...
Logo, oportunidades não faltaram para que eu fosse vítima de um crime, mas, sabe-se lá o motivo, eu nunca fui vitimado e nunca presenciei a prática de nenhum.
Por isso, fico a pensar com meus botões: será que a criminalidade realmente está tão grande ou será que compramos a sensação de insegurança que é vendida pelo Estado?
Por fim, deixo claro que não desconheço o fato de que determinadas localidades apresentam maior taxa de crimes (principalmente homicídios), em decorrência do tráfico de drogas (tanto pela disputa pelos pontos de venda, quanto pelo combate do Estado). São" as vítimas " do tráfico que elevam (e muito) os números de homicídios.
O questionamento é sobre esse pânico que vivemos diariamente, o qual nos faz ter medo de ir à padaria comprar pão.

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