As barbas estão em alta: 55% da população masculina mundial é adepta aos pelos faciais. Além da aparente moda que circula por aí, você tem um novo motivo para cultivar a sua: elas abrigam bactérias benéficas, que podem dar a origem a novos tipos de antibióticos.
Um estudo publicado no Journal of Hospital Infection
mostra uma pesquisa realizada em um hospital, analisando 408
funcionários com e sem barba. O resultado? Os homens que faziam a barba
tinham três vezes mais chances de carregar nas bochechas a MRSA
(Staphylococcus aureus resistente à meticilina), bactéria resistente a
vários tipos de antibióticos. Eles também tinham 10% mais chances de ter
colônias de Staphylococcus aureus na face, uma outra bactéria
relacionada a infecções na pele e respiratórias, além de intoxicação
alimentar.
Publicidade
</div>
<div id='passback-wb3bd4ecc95'></div>
Segundos os cientistas, pode ser que isso aconteça por
causa das micro lesões causadas pelas lâminas de barbear, que podem
facilitar a colonização de bactérias e sua proliferação. Mas também pode
ter um outro motivo: em uma análise separada, o microbiologista Adam
Roberts, da University College London, conseguiu cultivar mais de 100
diferentes tipos de bactérias a partir de amostras de barba. Ele testou
uma contra a bactéria Escherichia coli, que causa infecções urinárias. A
E.coli foi eliminada com eficiência.
Essas descobertas são importantes principalmente porque os
antibióticos que temos hoje estão se tornando ineficazes, devido à
resistência cada vez maior das bactérias. Infecções causadas por esses
micróbios que não podem ser combatidos pelos remédios que temos hoje
matam, pelo menos, 700.000 pessoas por ano. Até 2050, esse número pode
aumentar para 10 milhões de pessoas. Esse quadro tende a piorar porque,
nos últimos 30 anos, não tivemos nenhum antibiótico novo. É melhor
pensar duas vezes antes de usar o barbeador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário