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O resultado assusta. Ficou claro pelas projeções que a maior parte dos aumentos na temperatura e das áreas alagadas pelo oceano não serão revertidos nem em dez milênios. Ficou clara também a urgência de interromper o mais rápido possível a emissão de gases de efeito estufa: a pressa com a qual lidarmos com o tema fará diferença na temperatura da Terra e no nível do mar por mais de 10 mil anos.
10 mil anos é muito tempo para padrões humanos. 10 mil anos atrás, não havia nenhuma cidade humana na Terra, os mamutes ainda andavam por aí e agricultura dava seus primeiros passos.
Mas, em termos geológicos, 10 mil anos é um piscar de olhos. E já está claro que se iniciou uma nova era geológica: o antropoceno, na qual a principal força alterando o planeta é a ação humana. Já que nossas ações se manifestam no plano geológico, faz sentido medir o impacto delas em tempo geológico. Temos que olhar para dezenas e centenas de milênios, não mais para séculos.
O grupo de pesquisa, composto de dezenas de cientistas das principais universidades do mundo, criaram grandes modelos climáticos usando os três cenários com os quais os cientistas costumam trabalhar: um de transição muito urgente para uma economia de carbono zero, um mais gradual e um no meio termo.
Os modelos mostraram que, dependendo de qual desses cenários adotarmos, o oceano pode subir 25 ou 52 metros, e ficar alto assim por mais de 10 mil anos. Isso significa que as decisões de hoje impactarão profundamente o tamanho e o formato dos continentes no futuro distante. Nos cenários mais pessimistas, pelo menos 25 megacidades terão que deslocar metade de suas populações ou mais, e 122 países terão que deslocar 10% de suas populações ou mais.
Enfim, o cenário é sombrio, mas o único jeito de lidar com ele é enfrentando o problema e parando de emitir carbono. Hoje, se possível.
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