segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Seu candidato a vereador foi bem votado mas não ganhou? Entenda

Alguns vereadores de Vitória não foram eleitos pelo voto popular

Eleições
Entre os 15 vereadores eleitos em Vitória, alguns não foram escolhidos pela maioria dos votos. O sistema eleitoral para vereadores, deputados federais, estaduais e distritais (DF) é baseado em voto proporcional. Um exemplo é o candidato a vereador Clebinho (PP), que em Vitória foi eleito com 1.524 votos válidos, enquanto Camila Valadão (PSOL) recebeu 3.727 votos válidos e não foi eleita.
Basicamente, esse modelo eleitoral leva em conta os votos acumulados dos partidos e coligações para determinar qual deles possui vagas para vereador. Quanto mais votos um partido ou coligação acumula, mais cadeiras para colocar seus membros ele terá.
Isso acontece porque a eleição para vereador obedece a um sistema proporcional. Dessa forma, para conhecer os vereadores eleitos é necessário saber qual partido político foi vitorioso em uma eleição e, a partir daí, definir quais são os parlamentares mais votados dentro de cada agremiação.
A apuração se dá da seguinte forma:
- primeiro é somado os votos válidos tanto daqueles que votaram na legenda (que escolhem apenas o partido, mas não indicam o candidato), quanto os votos nominais (onde há a indicação do candidato escolhido);
- em seguida, é dividido o número de votos válidos pelo número de cadeiras disponíveis na câmara municipal. Em Vitória, por exemplo, são 15 vereadores eleitos, logo, os 185.582 votos válidos são divididos por 15, o que resultará em 12.373 votos, que é o número mínimo para um partido ou coligação eleger um candidato.
Se a coligação possui mais de um partido, o cálculo é feito novamente dividindo o número do QE (12.373 votos) pelos votos do partido. Em Vitória, a coligação PPS/PROS foi a com maior número de votos, 34.224. Dividindo pelo QE, o resultado será 2,76, elegendo os dois mais votados da coligação: Fabrício Gandini (PPS), com 7.611, e Denninho (PPS), com 6.167.
- Como dificilmente essas somas e divisões resultam em um número redondo, há ainda a contagem da sobra de vagas, dividindo a quantidade de votos válidos do partido ou coligação pelo número de vagas do cálculo anterior e somar tudo isso com mais 1. Assim, a coligação com a melhor média recebe a primeira vaga disponível, repetindo este processo até ocupar todas as vagas.
Sendo assim, a explicação para a candidata Camila Valadão não ter se elegido, mesmo tendo a quinta maior votação, é porque sua coligação, formada apenas pelo PSOL, atingiu 4.013 votos e não alcançou o QE de 12.373.
Veja essa tabela, que mostra os vereadores eleitos comparados com outros por número de votos válidos:
Foto: Gazeta Online
Nem todos vereadores de Vitória foram eleitos por voto popular

Fonte: Gazeta Online


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