terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Após chamado pela internet, população protesta em frente a Batalhão da PM em Guarapari

Os moradores querem que os policiais voltem às ruas.

Barreira humana de policias à paisana em frente ao 10° Batalhão em Guarapari

Moradores de Guarapari protestam na tarde desta terça-feira (7) em frente ao 10° Batalhão da Polícia Militar, no bairro Aeroporto. Eles são contra a ausência de policiamento e querem que os PMs voltem às ruas.
Durante a manhã, uma convocação geral circulou na internet chamando a população de Guarapari para comparecer ao protesto. Segundo informações da reportagem do Gazeta Online no local, com a chegada de centenas de moradores ao batalhão, um cordão humano composto por homens de braços cruzados se interpôs entre a população e as famílias dos policiais militares. Esses homens seriam policiais à paisana.
O professor Darcy Trabach, 26, um dos organizadores do protesto, diz que a população não vai sair de lá. "Desde ontem à noite estamos convidando as pessoas. Graças a Deus muitas aderiram ao nosso protesto. Mas em relação ao número de moradores do município, ainda é pequeno. Nossa intenção é aumentar, e não vamos sair enquanto algo não for resolvido."
Segundo o professor, a ideia central é liberar a população da briga entre o governo e os policiais. "Nós somos tratados como peões. Sabemos que os policiais estão por trás, tanto que tentamos conversar com as mulheres e elas foram irredutíveis. Quando a gente tentava fazer isso, os policias à paisana entraram na nossa frente, fazendo uma barreira."
"Eles não deixam a gente conversar, nem negociar. Dizem que nós, população, temos que ir ao Palácio do Governo. Mas que eles não irão. Chamamos eles para ir junto, mas disseram que não podem, porque, se saírem, o movimento quebra", relata.
Trabach afirma que irão fazer o que for possível, porque em frente ao Batalhão é o único local que tem segurança na cidade. "No domingo à noite, tive que me jogar no chão, porque teve muito tiroteio perto da minha casa, moro na Praia do Morro", desabafa o professor.
De acordo com o organizador, eles não são contra o movimento dos PMs. "Concordamos com as reivindicações deles. Mas um aumento vale a nossa vida? A nossa segurança? Só não concordo em usar a população como peão. Quem acaba se lascando somos nós. Queremos que a polícia volte e, se quiserem, vamos com eles ao Palácio do Governo. Mas desse jeito estão conquistando o ódio da população."
O Gazeta Online entrou em contato com o Batalhão, que confirmou a presença da população.

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