terça-feira, 10 de maio de 2016

Silenciosa, pressão alta pode provocar infarto e até derrame cerebral, alertam especialistas


Perigosa, a pressão arterial ou hipertensão arterial vem crescendo na população brasileira. De acordo com dados mais recentes do Ministério da Saúde, 24% dos adultos do País sofrem com o problema. Muitas vezes silenciosa, a pressão alta pode provocar insuficiência renal, infarto e até derrame, segundo especialistas. Neste sábado (26), comemora-se o Dia Nacional de Combate à Hipertensão.
A diretora da SBH (Sociedade Brasileira de Hipertensão), Frida Plavnik explica que a hipertensão é responsável por 40% dos infartos, 80% dos AVCs (acidente vascular cerebral) e 25% dos casos de insuficiência renal.
Outro grave problema associado à pressão alta é a insuficiência renal. O nefrologista Décio Mion, o aumento na pressão nos vasos sanguíneos faz com que a capacidade de filtragem dos rins diminua provocando a formação de cálculos renais.
― A insuficiência renal pode ser um grande problema para quem tem hipertensão. Por isso, diminuir a pressão é fundamental para que os rins voltem a funcionar corretamente.
Fatores de risco
Um dos fatores de risco é a hereditariedade, porém o estilo de vida também pode provocar o aparecimento da doença, explica o cardiologista Everton Dombeck.
― Existem dois pilares para a doença, um deles é a predisposição genética, o outro é consequência de gatilhos, como o abuso no consumo de sódio, obesidade, sedentarismo, estresse e abuso de álcool.
Estima-se que 50% das pessoas com pressão alta não sabem que sofrem desta condição. De acordo com a diretora da SBH (Sociedade Brasileira de Hipertensão), Frida Plavnik, entre aqueles que têm conhecimento da doença, 25% são recebem tratamento adequado.
― Precisamos conscientizar as pessoas sobre a doença e mostrar que, além da prevenção, é importante realizar a medição da pressão com frequência.
Quem sofre de pressão alta e não faz o tratamento correto pode sofrer com dores de cabeça, vômito, dispneia (falta de ar, dificuldade para respirar), agitação e visão borrada, segundo o cardiologista Otávio Gebara do Hospital Santa Paula, em São Paulo.
― A pressão alta não tem cura, mas deve ser tratada para evitar complicações. O tratamento engloba medidas gerais de reeducação no estilo de vida, como alimentação, prática de exercícios físicos e medicamentos.
Prevenção
Com a melhora de hábitos alimentares e qualidade de vida, as chances de desenvolver a doença diminuem, explica a diretora da SBH.
— O consumo de sal em excesso, por exemplo, deixa as artérias mais rígidas e ajuda na retenção de líquidos, fazendo com que o coração trabalhe mais. Podemos consumir 5 gr de sal por dia, mas, em média, o brasileiro consome de 10 gr a 15 gr.

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