segunda-feira, 7 de junho de 2010

07-06-2010 - Crônica do dia

Vida simples, Vida comum.

Depois de passar alguns dias quase no meio do mato, em uma cidadela do interior, vendo rios, matos e cahcoeiras, de me arriscar em uma caminhada pelas ruas de chão e curtir alguns almoços simples (arroz, feijão, ovo caipira e um pouco de salada) ou um galo com macarrão acompanhado de polenta e arroz barnco, voltei pensando no porque escolhi viver uma vida tão corrida, em uma cidade (região metropolitana) onde quase 02 (dois) milhões de pessoas convivem diariamente e onde 24 horas parecem somente 12.

Quando discuto esse assunto, as pessoas dizem que Vitória - ES é apaixonante e que, apesar da correria, é muito fácil de amar. De certa forma eu concordo com a teoria.

É no mínimo interessante viver em um lugar onde se tem praticamente de tudo a toda a hora, onde o transporte coletivo funciona muito bem, comparado com outros grandes centros urbanos (mesmo tendo alguns motoristas mal preparados para a função) estão sempre cumprindo os horários determinados, onde há bares e restaurantes para todas as classes sociais, onde há algumas boas livrarias em que se pode encontrar de quase tudo, entre outras coisas.

Mas o que me incuca de verdade é que eu, por exemplo, faço parte de uma parcela desta sociedade que não aproveita tanto assim a metrópole.

Tudo bem que um pouco disso pode ser debitado na conta da preguiça. Mas outro tanto entra na conta do cansaço, das distâncias, da idade e da vida que, de certa forma, escolhi para mim.

Não gosto muito de multidões, não tenho muita paciência para fila de restaurante e nem tenho dinheiro para marcar almoço ou jantares no Aleixo, onde a fila não seria necessária.

Acho a grande Vitória fascinante, ao mesmo tempo que um pouco insuportável. É difícil em uma rotina de trabalho e afazeres, conseguir atravessar a cidade para um café com os amigos ou um encontro com familiares para relaxamento (o trânsito é um pequeno caos), se chover então.

Na metrópole, até quem passeia pela calçada anda rápido. Parece-me quase impossível não se contaminar por esse ritmo acelerado da cidade, e isso fica muito mais evidente quando saímos dela e vamos para um lugar dezenas de vezes mais calmo.

Esses pensamentos ainda não me levaram para tão longe da capital e nem devem fazer isso tão cedo. Mas sempre que eles aparecem com certa força fico com vontade de ter uma vida mais simples, mesmo vivendo por aqui.

Alguém tem a receita?

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