A pílula rosa, produzida pela Sprout Pharmaceuticals, enfrenta dificuldades para ser utilizada em larga escala
Apelidado pela imprensa americana de "viagra feminino", o
remédio se chama Addyi (Flibanserina), e foi criado pela Sprout
Pharmaceuticals. Lançado em outubro de 2015 nos Estados Unidos, em suas
primeiras semanas de comercialização só foi prescrito 227 vezes - no
primeiro mês, o viagra masculino foi consumido por mais de meio milhão
de homens. A droga tem um mecanismo bem diferente do popularizado pela
pílula azul, que aumenta o fluxo sanguíneo peniano e que foi sintetizada
inicialmente para tratar a hipertensão.
Publicidade
</div>
<div id='passback-wb004209569'></div>
O Addyi atua diretamente no sistema nervoso central
feminino. Ele é indicado apenas para mulheres que sofrem do distúrbio de
desejo sexual hipoativo generalizado adquirido (HSDD na sigla em
inglês), que provoca a perda da libido independemente da situação e
estímulo. Atuando nos neurotransmissores cerebrais, o remédio reduz os
níveis de serotonina e aumenta os de dopamina e norepinefrina, que
regulam o desejo sexual.
As vendas fracas podem estar relacionadas a várias
questões, que inclusive fizeram com que o medicamento fosse recusado
pela FDA (Food And Drug Administration) duas vezes antes de finalmente
ser aceito. Os efeitos colaterais entram nesse quadro: pressão baixa,
desmaios, tontura e náusea são alguns deles. É essencial que a mulher
não consuma álcool durante o tratamento, para reduzir as chances de que
ela sofra alguma dessas consequências.
Um outro ponto que dificulta a popularização do "viagra
feminino" é o seu tempo de uso. Ele deve ser tomado diariamente, durante
pelo menos 2 semanas, para que o efeito possa ser notado,
diferentemente do masculino, com ação instantânea. Essa regularidade
também cria uma despesa a mais: um mês de Addyi custa quase R$ 3.000.
Nenhum comentário:
Postar um comentário