20 jovens inovadores brasileiros que querem fazer a diferença
O avanço tecnológico requer talento, criatividade e visão de
negócios. O Brasil tem apresentado um número cada vez maior de
profissionais com esse perfil, e vários deles apresentam criações de
destaque antes mesmo de completar 35 anos.
O prestigiado Massachusetts Institute of Technology (MIT) lançou, em 1999, o prêmio Inovadores com Menos de 35 Anos,
chancelado por sua publicação, a MIT Technology Review. São
contemplados empreendedores e desenvolvedores cujos projetos oferecem
propostas de mudar para melhor a realidade das pessoas. A edição
brasileira da premiação está em seu segundo ano.
Publicidade
</div>
<div id='passback-wb1cc04da2e'></div>
Na lista abaixo, você vai conhecer os dez brasileiros inovadores
premiados pelo MIT. Os demais são profissionais que também têm se
destacado em diferentes áreas e podem apresentar soluções de impacto
para um futuro próximo.
Tallis Gomes, 28 anos
Presidente e fundador da Easy Taxi,
um dos maiores apps para mobilidade urbana do país, com mais de 17
milhões de usuários e que emprega diretamente mais de 1300 pessoas.
Trata-se do aplicativo para chamar táxi mais baixado do país, e sua
missão envolve a redução no número de carros na rua.
Cláudio Trindade, 33 anos
Oftamologista e fotógrafo, Trindade desenvolveu um dispositivo
intraocular de um quarto de milímetro de espessura e 14 milímetros de
diâmetro que atua como uma espécie de diafragma, melhorando a visão de
pacientes com problemas de córnea ou com astigmatismo causado por
cirurgia de correção da miopia.
Ronaldo Tenório, 30 anos
A partir de uma parceria com a Associação de Surdos de Maceió, Tenório e seus sócios desenvolveram o protótipo do se tornou a Hand Talk,
uma plataforma de inclusão social que usa um avatar, o boneco Hugo,
para traduzir o idioma oral para a linguagem de libras, de modo
acessível a qualquer usuário com deficiência auditiva.
Anielle Guedes, 23 anos
Seu projeto, o Urban3D, procura
usar impressoras 3D para construir moradias de baixo custo para a
população carente. A meta é que as edificações ? de quatro ou cinco
andares ? sejam até 80% mais baratas que um prédio convencional com as
mesmas dimensões. Anielle já foi editora da Wikipedia, palestrou no
exterior (inclusive na ONU) e agora tem a meta de atender uma população
de nada menos que 3 bilhões de pessoas que não dispõem de condições para
a construção de moradias de qualidade ao redor do planeta.
Fabio Piva, 32 anos
Criou o Auto-Checkout Descentralizado (SAMS-Tag), sistema que visa a
eliminação das filas em lojas físicas por meio de um sistema de
pagamento que se vale do smartphone. Ele permite o pagamento da compra
(com cartão de crédito, PayPal e outros meios) e até o desbloqueio do
dispositivo antifurto da mercadoria. O sistema é semelhante ao usado no
serviço Sem Parar, utilizado em automóveis para passar direto em pedágios, por exemplo.
Mateus de Mendonça, 34 anos
Sua empresa, a New Hope Ecotech,
é dedicada a serviços de rastreamento e organização do lixo. Um
aplicativo para empresas e pessoas físicas ajuda a encontrar coleta
seletiva, outro é dedicado ao monitoramento de resultados de
cooperativas de reciclagem e, por fim, um software gratuito de gestão
online ajuda a gerenciar as cooperativas. Com esses produtos, Mendonça
pretende atender tanto às necessidades legais quanto promover benefícios
ambientais, de modo que todos os participantes da cadeia de descarte e
reaproveitamento de resíduos se beneficiem.
Tales Gomes, 27 anos
Fundador da Plataforma Saúde,
uma empresa social que traz soluções para diagnóstico inicial de
diabetes, hipertensão e doenças cardíacas, e que já recebeu quatro
prêmios de inovação e de empreendedorismo. O público-alvo de suas
criações são os 150 milhões de brasileiros que não têm condições de
pagar os custos de um plano de saúde privado. A ideia é que os
equipamentos que a empresa desenvolve sejam fáceis de transportar até
regiões de difícil acesso, favorecendo principalmente aqueles que não
moram próximas a unidades de saúde da rede pública.
Danielle Brants, 31 anos
Criou o Guten News,
sistema que "traduz" as notícias dos jornais para o universo infantil,
gerando jogos, missões e atividades a partir dos fatos noticiados. A
ideia é criar o hábito de leitura nos pequenos e também incentivá-los a
se interessar por outros temas que não apenas os de interesse imediato
dos jovens, como política, cidadania e saúde. Danielle foi analista de
finanças corporativas na Morgan Stanley e diretora de novos negócios na
GE antes de tomar a decisão de se dedicar integralmente à sua empresa.
Marcelo Cicconet, 32 anos
Seu aplicativo para aprendizado de música serve tanto para músicos já
formados como para os interessados em começar a desenvolver as
habilidades musicais. Formado em Matemática, Cicconet identificou
padrões da ciência nas notações musicais e na construção de acordes
(duas ou mais notas combinadas). Com interfaces identificáveis e
intuitivas, o invento pode tanto facilitar a exploração de novas formas
musicais como o aprendizado de um instrumento.
Diego Aranha, 32 anos
Em 2012, quando era professor da UnB (Universidade de Brasília),
Aranha integrou uma equipe que identificou diversos aspectos vulneráveis
das urnas eletrônicas. Criou então uma plataforma que fiscaliza o
resultado das eleições. A partir daí, vieram as bases para desenvolver o
vocefiscal.org, plataforma que
recebe fotos do BU (boletim da urna) tiradas pelo usuário. O sistema
compila essas informações para compará-la com o resultado das eleições.
Felipe Dib, 27 anos
Dib criou a Você Aprende Agora,
plataforma de ensino online de inglês que oferece mais de 700
videoaulas gratuitas de três minutos cada. Os princípios do edutainment
(educação com entretenimento) diferenciam essa plataforma das demais,
assim como o sistema de gratificações oferecidas aos usuários.
Recentemente, a plataforma ganhou uma versão em espanhol, Tú Aprendes
Ahora, que já teve mais de 13 milhões de visualizações.
Eduardo L'Hotellier, 29 anos
Ele está à frente da Get Ninjas,
plataforma de contratação de serviços que interliga mais de 80 000
profissionais de 100 subcategorias em todo o país. Em 2013, a empresa
foi escolhida pela Microsoft como A Melhor Startup Brasileira. Embora
reconheça que o boca a boca offline ainda é um forte concorrente na
recomendação de serviços, L?Hotellier tem conseguido manter a expansão
da empresa, que já recebeu mais de 40 milhões de dólares em
investimentos. A Get Ninjas pretende aumentar as oportunidades de
trabalho para os profissionais e facilitar a vida dos contratantes,
criando uma rede confiável de prestadores de serviços.
Eduardo Bontempo, 31 anos
Com o sócio Eduardo Sassaki, criou a Geekie,
empresa dedicada a soluções que melhoram o aprendizado de alunos dos
ensinos fundamental, médio e superior. Seu primeiro produto, o Geekie
Teste, é uma avaliação de desempenho, mas depois vieram plataformas de
ensino adaptativo (Geekie Lab), e até um evento, o Geekie Games, cujos
resultados geraram planos de estudo personalizados a partir do
diagnóstico das deficiências encontradas.
Lucas Strasburg, 23 anos
Strasburg desenvolveu o Revo Foot, uma prótese
ortopédica de baixo custo dedicada a quem sofreu amputações de membros
inferiores. Considerando o alto custo (superior a 1500 euros) das
melhores próteses de carbono, o jovem engenheiro desenhou uma opção
ergonômica e feita com materiais acessíveis ? até mesmo garrafas PET
entram na composição da prótese. Agora ela trabalha para produzir a Revo
Foot em larga escala e desenvolve, com sua equipe, o protótipo de uma
mão protética, a I-hAND.
David Schlesinger, 35 anos
Pós-Doutor em medicina, Schlensiger fundou a Mendelics,
empresa que oferece diagnósticos capazes de identificar doenças
genéticas hereditárias com mais de 50% de sucesso ? um número alto na
detecção desse tipo de problema. Por manipular uma grande quantidade de
dados, a empresa foi uma das primeiras no mundo a fazer parceria com o
Google Compute Engine, serviço de coleta e tratamento de dados oferecido
pelo gigante das buscas.
Gustavo Caetano, 33 anos
Receber prêmios, como os do site americano Business Insider e da revista Forbes em menos de cinco anos de atividades não é algo comum nem aos empreendedores do Vale do Silício. Mas a SambaTech,
empresa fundada por Caetano, conseguiu esse feito, criando uma
plataforma para comunicação digital corporativa. Os produtos se
diversificaram, e vão de transmissões ao vivo a projetos de educação a
distância, além de ferramentas de endomarketing e publicidade. A ideia é
oferecer uma plataforma mais adequada às necessidades de cada cliente
e, ao mesmo tempo, manter a oferta de serviços de educação.
Mario Adolfi, 28 anos
Desenvolveu o programa HealthBI,
sistema de gestão hospitalar que em 2013 foi eleito o melhor software
de saúde digital do Brasil pela ONU. Sua empresa, a Kidopi, oferece
outros produtos na área da saúde, mas o HealthBI permanece como
destaque, e expandiu suas utilidades: inclui até alertas por SMS para
avisar de tratamentos, emitidos de acordo com o prontuário de cada
paciente registrado no sistema. A proposta é o uso de big data para
oferecer recursos acessíveis e de qualidade à saúde pública.
Lorrana Scarpioni, 24 anos
Seu Bliive é uma plataforma de troca
de tempo livre. Funciona assim: usuários cadastrados optam por prestar
diferentes tipos de serviços e por eles recebem uma moeda de troca, a
TimeMoney, que pode ser convertida em serviços prestados por outros
usuários. Mais de 110 mil horas de serviços já foram prestadas pelos
usuários do site, que vão de massoterapia a aulas de idiomas (até de
alguns menos comuns, como o russo). O serviço está presente em mais de
50 países, e sua fundadora acredita que a economia alternativa é
essencial para mostrar às pessoas que colaboração pode ser mais valiosa
que dinheiro.
Alykhan Karim, 28 anos
Com o objetivo de atuar como fonte de curadoria enológica, Karim criou a Sonoma,
com uma mistura de conteúdo e e-commerce. A proposta do serviço é
descomplicar o mundo do vinho. Ao reconhecer que os neófitos
interessados na bebida começam escolhendo pelo preço, a plataforma
privilegia a apresentação dos rótulos que apresentam melhor relação
custo-benefício.
Matheus Goyas, 25 anos
Goyás estima que quase 1 milhão de jovens já se beneficiaram de sua criação, o AppProva,
aplicativo que auxilia estudantes a se preparar para provas como as do
Enem e exame de ingresso na OAB. Ele realiza simulados e permite a
interação com outros usuários, comparando desempenho e indicando pontos
de melhoria. A empresa multiplicou seus serviços, mas o aplicativo ainda é seu principal produto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário