sexta-feira, 9 de julho de 2010
09-07-2010 - Crônica do dia
Não foi desta vez
(Águida Hettwer)
As árvores morrem de pé. Os grandes heróis dobram os joelhos em última estância, de corpo cansado e suado de lutar, não fogem da raia, ou inertes feitos covardes. Todo aprendizado incluem recaídas, em todo retrocesso o fundamental é evoluir.
Há palavras desconcertantes, difíceis de conduzir. Assim são os dias, como se subíssemos ao palco pela primeira vez, e deparássemos com enorme público, aguardando um magnífico show, entretanto, por motivos alheios, nem tudo sai como o planejado. Agradamos alguns, desagradamos outros.
Nem sempre uma derrota é sinônimo de perda. Há males que vem para o bem. E no momento exato entenderemos o plano maior. Natural do ser humano, perder a estribeiras de vez enquando, deixando o raciocínio de lado, dando voz as emoções, toldando a percepção da realidade, significa o quanto somos “gente”.
O que mais me intriga são as façanhas da vida. O quanto pesa a bagagem do sonho. Os centavos arrecadados um a um, para quitar a estadia efêmera desta terra.
Passamos à vida pagando sonhos a prestação. Economizando felicidade para depois da aposentadoria. Nem sabemos o que nos espera amanhã. E não foi desta vez, que o tempo correu ao nosso favor. Entretanto, não deixa pra lá! Não está morto quem peleia.
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