quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Uma história - Capítulo X



Chega-se o dia de receber a venda da tropa, é o vencimento, e olha que o comprador não tem condições de pagar, bem como não possui mais a tropa para devolver. Lívio entra em desespero, quer receber de qualquer jeito, os amigos interferem para que ele não faça a coisa errada.

Foram-se alguns de meses de intensa dificuldade. Sua família chegou a ficar sem alimentação. Joara sua esposa, para aliviar a dificuldade, plantava no quintal da casa uma pequena hortaliça (plantação de algumas verduras) e pela manhã colhia, colocava em uma bacia e Carlos saia pelas ruas para vendê-las e com essa pequena arrecadação colocar algum alimento em casa. As roupas iam sendo remendadas (consertadas). Ainda bem ou não, naquela época não havia energia elétrica e tão pouco água tratada, então não tinham estas contas para pagar no final do mês.

Mas tudo isso era muito pouco, tinha muitas bocas para serem alimentadas, mesmo com uma a menos, a filha mais velha estava casada e morando longe, precisavam de mais algum rendimento até ver o que aconteceria na cobrança de venda da tropa.Justificar

Em razão das boas notas e do bom aprendizado, sua segunda filha, Áurea, ainda com 16 anos, é convidada para lecionar (professora, dar aulas) em uma propriedade rural, onde a mesma passava a semana toda nesta fazenda rural. Foi um período difícil para essa jovem quase criança. Mas também foi uma grande experiência em sua vida.

Áurea era professora, mas não era legalizada, então demorou uns três meses para a devida regularização e receber seu primeiro salário, e lógico, aquele salário ajudaria muito no sustento da casa e de seus irmãos.

O dinheiro da venda da tropa não entrava, Lívio não sabia o que fazer, mas Lívio nunca ficou parado, Lívio comprava bananas das propriedades rurais e vendia na Vila, Lívio plantava Arroz a meia, colhia, tirava um pouco para o sustento da família, vendia uma parte para compra de outras necessidades de casa.

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